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ROMEU NEUMANN

O que seremos amanhã?

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

É notório que o perfil do santa-cruzense mudou desde a época da colonização. Os cabelos loiros e olhos azuis dos imigrantes se mesclaram com mechas pretas cacheadas e ficaram ainda mais bonitos.

Da mesma forma nos enriquecemos cultural e economicamente toda vez que estendemos o braço para acolher uma nova forma de empreender, de enxergar oportunidades, de reconhecer valores.

É por isso que Santa Cruz do Sul, que vai completar 145 anos nesta semana, é o que é. Um município que avança todos os anos nos principais indicadores nacionais que aferem qualidade de vida, que oferecem empregabilidade e avalizam um bom ambiente para investimento.

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Os que nasceram e se criaram aqui e os que se sentiram acolhidos nesta terra, vamos todos imaginar: como será a nossa Santa Cruz do Sul daqui a dez anos?

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Será que o Túnel Verde, nosso cartão-postal do Centro, continuará de pé? Ou quem sabe já terá sido amputado ou até desencravado das calçadas para que raízes malcriadas não façam tropeçar algum desavisado?

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E o nosso Cinturão (ainda) Verde, mas com clareiras indisfarçáveis autorizadas a empreendimentos imobiliários? Há verdadeiros rasgos nas encostas, permitidos pela legislação, sabe-se lá sob que justificativa e a que pretexto.

Eu não quero ser testemunha, e muito menos personagem, de deslizamentos das nossas encostas. Mas já tivemos avisos da natureza em vários lados da cidade: dos altos da Verena, à Praia dos Folgados, no Arroio Grande e, inclusive, na Avenida do Imigrante.

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Vamos olhar pelo lado bom. Estamos falando em dez anos pra frente. As grandes demandas na área de infraestrutura que hoje predominam no noticiário devem estar superadas. O viaduto da Avenida Euclydes Kliemann, no Arroio Grande, certamente já terá alavancado um salto de desenvolvimento em toda região sul da cidade, com novos projetos imobiliários e empresariais.

A RSC-287, pelo menos no trecho entre Candelária, Santa Cruz e Venâncio Aires, deve estar duplicada. Talvez até Tabaí, o que seria maravilhoso. E definitivo para afirmar a cidade como o principal centro logístico de distribuição no Estado.

Bem antes disso, deve estar concluída a duplicação do trecho urbano da BR-471. E Santa Cruz do Sul estará apta para projetar um novo ciclo de desenvolvimento.

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Este passará a ser o grande desafio. Para onde queremos ir? Ou, melhor, o que queremos ser?

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Até aqui, a história nos une umbilicalmente à produção de tabaco, ao processamento, à fabricação de cigarros e à exportação desse produto para todos os continentes. E a toda uma cadeia de serviços que se construiu no entorno desse segmento.

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É verdade que já temos uma economia bem mais diversificada e promissora em vários segmentos por mérito de empreendedores corajosos e competentes. Somos um polo universitário e referência em saúde. E, na minha opinião, só não somos ainda um polo tecnológico e turístico porque ainda não despertamos para esse potencial.

Mas vamos combinar: nem amanhã e nem daqui a dez anos podemos imaginar Santa Cruz sem a produção e a indústria do tabaco, sob pena de vermos nossa economia se dissolver.

Temos que avançar. Inovar. Mas não suprimir o que nos sustenta.

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