Em meio à fase mais aguda da crise política brasileira, novos protestos agendados para este domingo devem servir de termômetro do apoio popular ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Atos estão marcados em mais de 300 municípios, mas o tamanho da adesão ainda é uma incógnita.
Em Santa Cruz do Sul, a mobilização está marcada para as 15 horas. Convocados via redes sociais e em cartazes e outdoors espalhados por vários pontos da cidade, os manifestantes vão se concentrar na Praça da Bandeira e caminhar pela Rua Marechal Floriano com carro de som. A orientação dos movimentos João da Silva e Reação Já, que estão à frente da movimentação e prometem um ato pacífico, é que os participantes usem roupas de cor verde e amarela e levem cartazes e bandeiras.
Em março de 2015, o primeiro ato pró-impeachment atraiu em torno de 5 mil pessoas em Santa Cruz. Conforme um dos integrantes do João da Silva, o empresário Jorge Buuron, a expectativa é que desta vez a adesão seja maior. “Acreditamos que será a maior manifestação já vista na história de Santa Cruz”, afirmou.
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Os atos vão ocorrer na semana em que o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva de Lula, pouco mais de uma semana após a condução coercitiva do ex-presidente e de vir à tona a explosiva delação premiada do senador Delcídio do Amaral – que atinge tanto Lula quanto Dilma. “Os indícios estão aí, não há mais o que negar”, completou Buuron.
Para o ativista, a pressão das ruas foi determinante para o avanço das investigações. Buuron também nega que o movimento seja motivado por sentimento antipetista e represente setores elitizados e conservadores da sociedade. “É claro que tirar a Dilma e colocar o (Michel) Temer ou o Aécio (Neves) no lugar não adianta. Mas o impeachment é o começo da mudança”, concluiu.
*Colaboraram João Caramez e Matheus Souza
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