O aumento no número de crianças com sobrepeso e obesidade nas escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) de Venâncio Aires acendeu um alerta na Secretaria Municipal de Educação. Uma avaliação antropométrica realizada entre setembro e novembro deste ano, em 1.032 alunos de 14 escolas, mostrou que, apesar de a maioria das crianças ainda apresentar peso adequado (eutrófico), essa proporção vem diminuindo. Ao mesmo tempo, as faixas de risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade avançam, especialmente entre os maiores de 5 anos.

O levantamento, conduzido pelo Setor de Alimentação Escolar, compara os resultados com anos anteriores e comprova uma tendência preocupante, que reflete hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo atingindo cada vez mais cedo a primeira infância.

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Para a nutricionista da secretaria, Josiane Pacheco, o aumento do sobrepeso infantil não é um fenômeno isolado. Ele reflete mudanças no comportamento alimentar das famílias, a redução nas brincadeiras ao ar livre, o excesso de tempo de tela e a crescente oferta de alimentos ultraprocessados.

Apesar de as escolas municipais não oferecerem alimentos com açúcar, fritos ou ultraprocessados, Josiane destaca que esses hábitos são observados em grande parte das famílias. “Para controlar o problema e garantir uma alimentação mais saudável, é preciso a parceria das famílias também, com essa conscientização de ofertar em casa alimentos mais saudáveis”, lembra.

Tendência de crescimento

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Rede municipal vai intensificar estratégias

O Setor de Alimentação Escolar da Prefeitura de Venâncio Aires reforça que o problema dos hábitos alimentares inadequados é multifatorial e nenhuma ação isolada reverterá o quadro. Por isso, a rede municipal vai intensificar as estratégias de promoção da saúde e o diálogo com pais e responsáveis. A Secretaria de Educação já promove encontros com os pais que farão matrículas para 2026, com foco em incentivar o aleitamento materno, que atua na proteção contra a obesidade.

O secretário municipal de Educação, Émerson Elói Henrique, ressalta o papel da escola. “Neste ano, estamos ultrapassando o percentual de 90% dos produtos adquiridos para a alimentação escolar serem dos produtores rurais, garantindo mais de 50 tipos diferentes de alimentos”, informa.

“Mais de R$ 1 milhão em alimentos frescos e de procedência conhecida, indo para os nossos alunos, aliado a um trabalho de nutricionistas que aborda a importância dos bons hábitos alimentares, são ações que caminham juntas para contribuir com a saúde dos nossos estudantes”, ressalta.

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