Paradas desde abril de 2021, as obras do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) têm novo prazo para serem retomadas. A informação foi confirmada pelo presidente da Fase, José Luiz Stédile.

Segundo ele, a licitação para contratar outra empresa que execute o projeto está prevista para dezembro e o reinício dos trabalhos deve ocorrer no primeiro semestre de 2026. A instalação do Case de Santa Cruz do Sul teve início em fevereiro de 2020, com o lançamento da pedra fundamental em um terreno ao final do Corredor Zanette, no Bairro Esmeralda.

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A empresa Sial Engenharia foi a vencedora da licitação e iniciou a construção da estrutura física. Com 55,4% de área concluída, os trabalhos foram paralisados em abril de 2021, mas houve prorrogação do contrato. Em dezembro, a empresa responsável pediu a rescisão. Desde então, a obra está abandonada.

Para que a construção seja retomada, Stédile explica que será preciso refazer o projeto. “Temos que fazer uma reavaliação do que já foi construído e do que falta fazer. É um trabalho muito demorado e difícil. A obra de Viamão terá a avaliação técnica concluída em setembro e a de Santa Cruz no início de dezembro para fazer a licitação.” Ele ainda classificou a obra do Case de Santa Cruz do Sul como a pior já realizada pelo Estado. “É uma obra muito grande e tudo ficou pela metade”, disparou.

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Ele disse que está otimista quanto à possível entrega da estrutura desta vez. “O governador [Eduardo Leite] está cobrando muito para que não fiquem obras sem conclusão. Ele sempre cita Santa Cruz como exemplo.”

Atualmente, os menores infratores da região precisam ser encaminhados para as unidades da Fase em Porto Alegre. Segundo Stédile, assim que for concluído, o Case de Santa Cruz irá gerar economia para o Estado. “Quase todos os menores infratores estão vindo para Porto Alegre. Preferimos tê-los em Santa Cruz, que irá otimizar os serviços de atendimento”, disse.

A estrutura do Case foi projetada para receber até 90 jovens de 58 municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari. Assim que for concluído, o complexo será composto por sete prédios em área de 4,5 mil metros quadrados, em um terreno de 40 mil metros quadrados. Dos R$ 21,4 milhões previstos no Case, R$ 12 milhões já foram aplicados na sua construção.

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Vigilantes não têm luz e água no local

O Estado contratou uma equipe de seguranças para cuidar do local. Entre 2021 e 2022 atuou a primeira empresa, que também pediu a rescisão. O lugar ficou sem vigilância durante dois meses, período em que houve furtos e depredações.

Uma segunda prestadora, com sede em Porto Alegre, foi contratada e está há três anos realizando a segurança do espaço 24 horas por dia, para evitar depredações e invasões. A Gazeta do Sul esteve no local e constatou que os profissionais estão alojados nas estruturas já edificadas, que não possuem portas, janelas, energia elétrica e água encanada. Contam apenas com um banheiro químico que foi instalado recentemente.

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Questionado sobre essa situação, Stédile afirmou que a responsabilidade pela infraestrutura disponibilizada aos profissionais é da empresa de segurança. “Vamos verificar o que está acontecendo e por que eles não possuem essa estrutura”, afirmou.

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