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LEGADO

Obras de Regina Simonis são doadas à Ufrgs, que abriga a mais antiga coleção pública de arte do Estado

Coordenadora Paula Ramos (ao centro) recebeu as obras de Carolina Knies e Alex Brino

Coordenadora Paula Ramos (ao centro) recebeu as obras de Carolina Knies e Alex Brino

Mais um passo foi dado para difundir a obra e a carreira da artista Regina Simonis, que dá nome à Casa das Artes de Santa Cruz do Sul. No último dia 5, Carolina Knies, presidente da Associação Pró-Cultura – entidade que trabalha voluntariamente com essa finalidade –, e o arquiteto Alex Brino fizeram a doação de dois trabalhos feitos pela artista, que viveu de 1900 a 1996, à Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. É a mais antiga coleção pública de arte do Estado e uma das mais importantes coleções universitárias do Brasil.

A Pinacoteca começou a ser projetada em 1910, dois anos após a criação do Instituto Livre de Belas Artes (IBA), atual Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/Ufrgs). Conforme a coordenadora do espaço, professora doutora Paula Ramos, Regina Simonis foi uma das primeiras alunas do antigo Instituto de Belas Artes.

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Atualmente, a Pinacoteca abriga uma coleção com mais de 2,5 mil obras em variadas linguagens artísticas. O propósito da criação do acervo era constituir uma coleção que servisse de modelo e exemplo aos estudantes da instituição.

“A Regina Simonis vivenciou esse momento, tendo sua formação inicial calcada no desenho de observação, primeiro de gessos e depois de modelo vivo”, disse a coordenadora. Acrescenta que as doações foram recebidas com imensa alegria. “Para nós, é muito importante, porque a Regina lutou para fazer o curso e foi uma artista que viveu de arte, que tem uma história admirável e de superação. Até então, não tínhamos na Pinacoteca nenhuma obra dela.”

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Igualmente relevante é para a Associação Pró-Cultura, segundo Carolina Knies. “Ter essa representatividade da nossa artista, dentro do acervo da Ufrgs, é de uma importância gigantesca. Dessa forma, a gente garante a difusão da obra de Regina. Outras pessoas vão estudar ou então ela poderá aparecer numa exposição, ou algum trabalho poderá ser feito em cima disso.”

Segundo ela, as duas obras escolhidas e que agora estão na Pinacoteca representam a fase em que Regina Simonis frequentou o instituto. “Com certeza, é mais um feito para se alcançar novos patamares e ampliar a divulgação da sua obra.”

O que foi doado

Segundo a coordenadora da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, as obras recebidas são dois desenhos. Um deles, “Estudo de esfolado em gesso”, de 1931, foi realizado a partir da observação de uma escultura hoje pertencente ao Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. A peça costumava ser usada pelos estudantes com o propósito de estudo anatômico.

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O outro, “Estudo para azulejos”, de 1932, representa um exercício para desenvolvimento de padrão decorativo. É possível observar, no canto inferior esquerdo, uma etiqueta de avaliação com a nota “10”, atribuída pelo exigente professor Libindo Ferrás (1887–1951).

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Proximidade

Desde que assumiu a presidência da Associação Pró-Cultura, Carolina Knies tem desenvolvido um trabalho comprometido em institucionalizar a Casa das Artes e a própria Regina Simonis. Por isso, no ano passado foi organizado o projeto Regina Simonis: Vida e Obra, resultado de edital e feito com recursos da lei complementar 195/2022. Isso oportunizou a retomada e a pesquisa em torno da artista e o início da catalogação e acondicionamento de algumas obras, entre outras ações.

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Neste ano, foi feita a catalogação completa do acervo de Regina Simonis, pela equipe técnica da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, sob a supervisão e acompanhamento da coordenadora Paula Ramos. Essa ação estreitou laços de cooperação entre a Associação Pró-Cultura e a Ufrgs. A produção acadêmica de Regina Simonis estabelece relação direta com parcela significativa de obras da chamada “Coleção Didática” da Pinacoteca.

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