Na manhã desta terça-feira, 29, foi deflagrada uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Brigada Militar no município de Venâncio Aires, com o objetivo de combater crimes patrimoniais, receptação de objetos furtados e o tráfico de entorpecentes. A ação ocorre em cinco bairros da cidade, com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão domiciliar e três ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas em estabelecimentos utilizados como recicladoras informais.
A investigação revelou a existência de uma organização criminosa estruturada, que se utiliza de pontos de coleta de materiais recicláveis como fachada para a receptação e redistribuição de produtos de furto, além da comercialização de drogas. Usuários de entorpecentes em situação de vulnerabilidade são cooptados como “coletores” e entregam objetos subtraídos em troca de pequenas porções de crack, alimentando um ciclo de dependência química e criminalidade patrimonial.
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Conforme dados oficiais, o município de Venâncio Aires registrou crescimento alarmante nos crimes de furto no segundo trimestre de 2025. Em março, foram 36 ocorrências; em abril, subiu para 44 e, em maio, 66 casos. O aumento de 83% no número de casos reforça a urgência de ações estruturadas e integradas para enfrentamento do problema.
Apesar de, no primeiro semestre deste ano, as forças de segurança terem realizado diversas prisões em flagrante, bem como investigações concluídas com pedidos e decretações de prisões preventivas de furtadores e pequenos traficantes, essas ações pontuais mostraram-se insuficientes para frear o crescimento das ocorrências, o que exigiu uma resposta mais robusta, coordenada e estratégica.
Durante a operação, foram empregados 32 policiais civis, com 12 viaturas, e 20 policiais militares, em uma ação articulada e planejada para desarticular os principais núcleos da organização criminosa.
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As investigações também apontaram que alguns dos imóveis utilizados pela associação criminosa foram propositalmente adaptados como pequenos “bunkers”, com portas soldadas e estruturas sem acessos convencionais, visando dificultar a entrada das equipes policiais e permitir a destruição de drogas e provas antes da entrada forçada.
Segundo o delegado responsável pela operação, Guilherme Dill, “a repressão qualificada aos crimes patrimoniais exige firmeza do Estado para desarticular estruturas criminosas que se aproveitam da miséria humana e promovem degradação urbana em diversas regiões da cidade. O enfrentamento precisa ser técnico, articulado e com resposta proporcional à complexidade do problema.”
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O resultado da operação, incluindo o número de presos, materiais apreendidos e estabelecimentos interditados, será divulgado ao longo do dia, conforme a evolução dos trabalhos, que seguirão durante toda esta terça-feira. Até as 11 horas, sete pessoas já haviam sido presas em flagrante.







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