A Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil deflagraram, na manhã desta quinta-feira, 11, a Operação Bonsack, cumprindo mandados em sete cidades gaúchas. O foco principal da ação é uma organização criminosa que, segundo o inquérito policial, recrutava cidadãos paraguaios e os trazia ao território nacional para atuarem como mão de obra em uma fábrica clandestina de cigarros instalada em área rural do município de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre.
A ofensiva também cumpriu mandados na região, em Santa Cruz do Sul e Vera Cruz. Ao todo, a ação contou com 21 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, além do sequestro de bens e valores de até R$25 milhões.
A operação investiga os crimes de lavagem de dinheiro, fabricação de substância nociva à saúde pública, comercialização de bens impróprios ao consumo, sonegação fiscal, organização criminosa. Os demais mandados foram executados nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Viamão, Tramandaí, Alvorada e Parobé.
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Segundo a Receita Federal, o tabaco processado, utilizado para a fabricação dos cigarros clandestinos, era oriundo de Vera Cruz. Já outros insumos, como filtros de acetato, cola, material gráfico e embalagens, eram adquiridos me São Paulo por meio de uma rede de empresas que fazia a emissão de notas fiscais falsas.
A fábrica clandestina funcionava em uma chácara no interior de Viamão, em terreno avaliado em aproximadamente R$ 1,5 milhões. O grupo também contava com dois galpões, um deles de cerca de 500 metros quadrados, para o armazenamento da mercadoria. O maquinário foi apreendido pela Receita Federal e será encaminhado para destruição.
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O grupo criminoso investigado utilizava-se de interpostas pessoas para ocultar e dissimular a propriedade de bens e valores, além de empresas de transporte para dar aparência lícita às atividades. A operação desta manhã mobilizou policiais federais, servidores da Receita Federal do Brasil e do Ministério do Trabalho e Emprego.
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