Semana passada, lembramos da passagem do coração milagroso do padre Roque Gonzalez por Santa Cruz do Sul, em 1956. Foram dias de muita emoção para os católicos, que conheciam a história dos mártires rio-grandenses massacrados em 1628, na região missioneira do Rio Grande do Sul.

Aproveitando o clima de euforia, os padres jesuítas que dirigiam a paróquia promoveram, no dia 16 de dezembro de 1956, a ordenação simultânea de sete novos sacerdotes da congregação, todos filhos de santa-cruzenses. A cerimônia ocorreu na igreja matriz (hoje Catedral) e foi um dos acontecimentos religiosos mais importantes do Estado.

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Os rituais de ordenação foram presididos por dom Edmundo Kunz, bispo auxiliar de Porto Alegre. Para que pudesse ser realizado no formato inédito, foi necessária uma autorização da congregação dos jesuítas, cuja sede ficava em Roma. A solenidade durou mais de duas horas e lotou a matriz, com pessoas vindas de todo o Estado, Santa Catarina e Paraná.

Após a missa festiva, os novos padres, familiares, padrinhos e amigos mais próximos dirigiram-se ao salão da Sociedade Aliança, onde aconteceram mais homenagens. O  pavilhão da comunidade católica, na Rua Marechal Deodoro, foi transformado em um grande restaurante, que recebeu os visitantes com churrasco e galinhada.

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Dos novos sacerdotes, apenas Leo Zeno Etges nasceu em Venâncio Aires, mas seus pais eram santa-cruzenses. Augusto Kist, Antonio Adão Kessler e Pedro Ernesto Haeser nasceram na cidade de Santa Cruz; Jacó Melz, em Monte Alverne; Afonso Gessinger, em Dona Josefa, e Arthur Rabuske, em Pinheiral. 

Leo Etges e Jacó Melz rezaram suas primeiras missas em Itapiranga, região de Santa Catarina colonizada por santa-cruzenses. Gessinger era bastante conhecido nos meios literários e jornalístico, escrevendo sob o pseudômino de Afonso de Santa Cruz.

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