A quatro meses do encerramento de 2025, é hora de começar a planejar-se financeiramente para as despesas do fim de ano e início do novo. É um tempo em que se gasta mais dinheiro com festas, presentes, férias, viagens, etc. Além disso, provavelmente uma das promessas feitas, na noite da passagem para este ano, tenha sido cuidar melhor  das finanças pessoais ou familiares. É tempo, também, de avaliar como lidamos com nosso dinheiro neste ano, resolver algumas pendências e responder àquela pergunta que não quer calar: o que realizamos das promessas do início de ano?

Antecipar-se e planejar é a melhor estratégia para passar por esse período sem sufoco com o orçamento. Afinal, não é muito legal participar da ceia de Natal e festas de virada de ano com a conta bancária pedindo socorro.

Nas empresas, o planejamento é a ferramenta de grande importância para alcançar os objetivos propostos, sob pena de, em pouco tempo, ter que fechar as portas. Da mesma forma, nosso “negócio” de vida pessoal e familiar também precisa de planejamento, em várias áreas, para ser bem conduzido. Uma das áreas básicas, geralmente esquecida ou tratada com pouco cuidado, é a financeira, mesmo sabendo que para qualquer coisa que queiramos fazer ou que algum imprevisto nos desafie é preciso verificar como está a situação financeira.

Planejamento financeiro é um processo contínuo que auxilia na condução dos assuntos financeiros de uma forma mais organizada e integrada, permitindo ter uma visão mais ampla e de longo prazo. Primeiramente, isso envolve entender bem a situação atual o que pressupõe que se faça antes um diagnóstico da situação financeira pessoal ou familiar.

O termo diagnóstico foi retirado da medicina em que, através de sintomas e, em alguns casos, de exames de laboratório, os médicos avaliam a situação atual do paciente, podendo identificar a existência de doenças. O mesmo ocorre com as finanças: fazer um diagnóstico das finanças é realizar um levantamento do patrimônio disponível, das dívidas, dos rendimentos líquidos, já deduzidos os descontos devidos, e de todos os gastos. Durante 30 ou 60 dias, anotar todos os desembolsos efetuados, desde o valor de um cafezinho até a prestação do imóvel, classificando-os em categorias, como moradia, alimentação, transporte, saúde, etc. O diagnóstico das finanças vai mostrar a situação atual e, se houver problemas, a origem deles; além disso, já permite reduzir, substituir ou eliminar itens.

O ideal é começar a pensar nos planos de fim de ano com, pelo menos alguns meses de antecedência. O plano deve definir objetivos e metas claras do que se quer fazer e alcançar no fim do ano. Isso inclui envolver todas as pessoas do entorno. Nada de assumir todas as tarefas e despesas sozinho, como se fosse Papai Noel bancando o Natal da família toda.

A sugestão é seguir três passos práticos:

1. Relacionar os objetivos do fim do ano: a quem quer presentear, para onde viajar, que  festas  promover ou participar, etc.

2. Definir quanto custa cada objetivo.

3. Identificar as fontes de recursos financeiros para arcar com os objetivos: recursos  próprios e, se necessário, fontes de créditos.

Apesar de ser habitual, muita gente se esquece ou prefere não se preocupar com as contas de início de ano. São aquelas contas “extras”, mas inevitáveis nos primeiros meses do ano como, principalmente,  IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Além disso, a fatura do cartão de crédito geralmente vem “engordada” com os gastos do fim do ano passado.

Portanto, nada de improvisos de última hora ou gastos desnecessários. O planejamento antecipado junto com a disciplina funciona como aliado contra dores de cabeça, abrindo espaço para celebrações sem dívidas e, também, sem culpa. 

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