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CONTRAPONTO

Os barões e a plebe

Desde o advento da Lei de Acesso à Informação, os órgãos públicos devem disponibilizar na internet suas informações institucionais. E entre elas, principalmente, aquelas relacionadas a licitações, contratos, convênios, auditorias e salários, por exemplo.

Falemos de salários, vencimentos, vantagens e extras, não importa a nomenclatura e a motivação. São os ganhos de cada pessoa empregada pelo setor público-estatal.

As informações disponíveis confirmam que ainda somos uma “capitania hereditária”, hoje de corporações e poderes de estado. Que formal e legal, e literalmente, transformaram o povo brasileiro em escravos tributário-legislativos.
Afinal, que qualificação pode se dar a uma estrutura social que contempla – com dinheiro público!, repito – tamanhas diferenças salariais entre sua população, entre o público e o privado?

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Povo que ganha em média entre um e três mil reais, quando muito. E nem vou falar do exército de gente que ganha menos de mil reais mensais. Como se explica que servidores públicos, não importa a categoria e seu status, possam receber 15, 20, 25, 30 e até 40 mil reais mensais?

Que escala de valores (em todos os sentidos!) está construindo essa sociedade em que uma pessoa possa ganhar em um mês o que outro cidadão ganhará nos próximos 18, 24 ou 36 meses?

Do mais modesto ao mais sofisticado, trabalho nenhum tem essa dimensão plena e suficiente para determinar tamanhas diferenças. Não com dinheiro público!

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Basta dessa “lorota legal” de direitos adquiridos e “tetos” estratosféricos. Como se o mundo das relações humanas e sociais fosse “imexível” e “ad aeternum”. Como se privilégios e abusos, ainda que sob formas legais, pudessem pretender se equiparar a direitos!

É um abuso sob qualquer ângulo de análise. E os responsáveis são os poderes de estado. Principalmente o Poder Legislativo, que aprova sistematicamente a manutenção e a ampliação dessas distorções e iniquidades.

Somos escravos tributário-legislativos. Afinal, há liberdade na obrigação de recolher tributos para essa iniquidade? Há justiça social na distribuição e aplicação dos tributos? Há exercício de razoabilidade na criação de cargos e salários, tão desiguais entre o público e o privado?

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Lastimo pela idolatria ideológico-partidária corrente, à esquerda e à direita, ao centro ou nem tanto. Salvo a distribuição de vales disto e daquilo, o que fizeram ou fazem seus ícones políticos para desmontar essa “máquina” estatal que apenas humilha o povo?

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