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OPINIÃO

Otto Tesche: futebol ou circo?

A qualidade dos jogos de futebol da maioria dos campeonatos no Brasil há algum tempo está cada vez pior. Como se não bastasse, o comportamento de alguns dos principais protagonistas em campo – os atletas – é de causar inveja para os palhaços do circo ou atores de larga experiência. Ao invés de darem o exemplo com boas atitudes, como profissionais e referência para grande número de torcedores, muitas vezes chamam mais a atenção pela dramatização em alguns lances do que pela qualidade com a bola no pé ou a técnica nas jogadas.

Com a pandemia do novo coronavírus, a torcida ficou durante longo período de tempo sem poder ir aos estádios para acompanhar de perto os jogos de futebol. Assim, restou trocar as arquibancadas pela TV na sala ou outros lugares para assistir às partidas. Mas o que se viu ultimamente nos campos pelo Brasil não foram apenas lances que fazem parte de qualquer partida de futebol, mas incríveis encenações de atletas, tentando cavar faltas, cartões amarelos ou vermelhos para jogadores dos times adversários, entre outras atitudes antidesportivas.

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Em simples toques, vê-se muitos jogadores rolando pelo gramado, aos gritos, simulando fortes dores. Não foram poucos os lances onde os jogadores sequer tiveram contato, apenas com o risco disso acontecer, mas o que se viu na sequência foi o atleta se contorcendo como se tivesse levado uma forte pancada. Sem falar nos jogadores que caem em campo só com o vento do movimento dos braços ou mãos do adversário.

Sempre há em algumas partidas os lances mais ríspidos, condenados pela violência e falta de cuidado de alguns atletas. Mas o que se vê ultimamente é o crescimento das simulações em campo, as atitudes antidesportivas dignas de causar inveja a qualquer palhaço de circo ou grandes atores. E o pior é que alguns árbitros entram nessa, com a marcação de infrações e dando punições, mesmo com o auxílio do VAR em algumas ocasiões. Na realidade, a penalização deveria ser dada ao atleta que simula violações que não existem.

Todos sabem que o futebol, além de uma prática esportiva que é paixão nacional, dialoga com questões sociais, culturais, históricas e políticas. Mas muitos atletas profissionais, com altos salários, esquecem o quanto o seu comportamento com atitudes antidesportivas em campo também é negativo para a legião de pessoas que os idolatram. Neste sentido, há a necessidade de mudanças urgentes, com maior valorização da técnica, categoria e disciplina esportiva em campo ao invés de simulações. Mais uma vez temos outra demonstração sobre o baixo nível da educação no Brasil. Também é preciso haver ações nos bastidores, com o gerenciamento por parte da direção dos clubes para que os atletas tenham consciência sobre a importância do bom comportamento, tanto dentro como fora de campo.

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