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ciência

Parcela apresenta método artesanal de determinação do teor de umidade do grão

Quem passava pela parcela de Secagem e Armazenagem, no Espaço Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo, e via um extensionista colocando em uma panela média uma pequena quantidade de grãos de milho e uma dose de óleo de cozinha podia até achar que a pipoca estava a caminho. Mas não, o que estava ocorrendo na estação era uma demonstração do funcionamento do Método Edabo – um sistema artesanal de determinação do teor de umidade de grão de baixo investimento e muito prático de ser utilizado.

O nome Edabo, de acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar Cássio Milbradt, vem de Evaporação Direta da Água em Banho de Óleo. “Neste método, uma amostra de 100 gramas de grãos é coberta com óleo de soja refinado, em um recipiente com uma tampa perfurada e um termômetro inserido, de modo a permitir a aferição da temperatura do banho de óleo”, explica. A ideia central é aquecer o produto até uma temperatura pré-determinada (há uma tabela para isso), resfriando-o naturalmente em seguida. “A diferença de peso do conjunto, antes e depois do aquecimento, é o teor de umidade da massa do grão”, pontua.

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Milbradt salienta que este é um método simples, barato e facilmente executado, em que é necessário apenas um recipiente para aquecimento, que pode ser uma panela de alumínio com tampa com furo, uma balança e um termômetro. “É um investimento que talvez não ultrapasse os R$ 200,00”, comenta o extensionista da Emater/RS-Ascar Luiz Antônio Marmitt, que reforça a importância de determinar a umidade dos grãos, especialmente para quem tem a intenção de guardar e conservar produtos agrícolas. “Uma umidade ideal gira em torno de 12 a 13%”, comenta o extensionista.

Cássio Milbradt afirma ainda que as condições de umidade e temperatura são decisivas para evitar a contaminação por fungos e diminuir a incidência de pragas, influenciando ainda no metabolismo do grão, aumentando sua qualidade e tempo de armazenagem.

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No espaço já há certa tradição de apresentar detalhes do silo secador em alvenaria, uma tecnologia que também é simples, limpa e de baixo custo, sendo bastante adotada por agricultores familiares. “É um sistema que proporciona autonomia para os produtores, com redução de perdas qualitativas e quantitativas e agregação de valor ao produto”, frisa Marmitt.

Circulando pela feira, o agricultor Erni Jahn, de Arroio do Tigre, esteve na parcela para conhecer a novidade. “Nunca tinha visto esse sistema”, comentou, mencionando o método Edabo. Mas quando o assunto é o silo secador em alvenaria ele já possui alguma experiência, como produtor de aves e de milho. “Tenho ele há quatro anos e sei que possui uma série de benefícios, como não precisar mais ser dependente de cerealista para guardar meus grãos, menos mão de obra em termos de logística e também a certeza de ter um grão de qualidade, já que eu sempre saberei o que estou colocando lá dentro”, analisa.

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Parceria com a Classificação e Certificação

Junto à parcela de Secagem e Armazenagem , também estava parte da equipe de Classificação e Certificação da Emater/RS-Ascar. No local, os extensionistas divulgavam a possibilidade de os agricultores familiares acessarem análises físicas de grãos de forma gratuita. “A ideia desse serviço é avaliar a qualidade do produto, identificando melhorias nos processos de colheita, secagem, armazenagem e comercialização”, salienta o gerente adjunto do serviço de Classificação e Certificação, Gilceu Cipolatti, ao destacar que o trabalho é feito em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi/RS).

Na análise entram vários tipos de grãos – como arroz, milho, soja e feijão – e até tabaco. Para realizar o serviço basta o agricultor levar uma pequena amostra do produto que colheu em alguma das 22 unidades de Classificação e Certificação do Estado, que ele receberá um laudo da qualidade do produto depois de feita a análise. “A nossa intenção é contribuir, principalmente na hora da comercialização, no momento da oferta na cooperativa, na indústria, para clientes, para que seja entregue um produto com alto padrão, o que gerará mais renda e mais satisfação para o consumidor”, finaliza.

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