Mais do que pontos turísticos, as pontes são elos entre a cidade e o interior em Sinimbu, município devastado com a enchente de abril e maio de 2024. Centenas de pessoas dependem das travessias sobre o Rio Pardinho para abastecer suas propriedades com mantimentos, equipamentos e subsídios em geral e para escoar a produção (incluindo o tabaco).
O município é conhecido como a capital das pontes pênseis, também chamadas popularmente de pinguelas. Após a enchente de 30 de abril de 2024, que danificou e arrancou muitas dessas estruturas, tanto para veículos como as exclusivas de pedestres, grande parte da população ficou isolada por dias e até semanas.
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Mais de um ano depois, muitos locais ainda estão com estruturas improvisadas. O município perdeu 18 pontes e pontilhões usados para passagem de veículos durante a enchente. Porém, a primeira foi concluída recentemente. Em novembro, a Prefeitura terminou a reconstrução da ponte na localidade de Alto Rio Pequeno, a Ponte Romaldo Fischer.
Na sequência, foi finalizada a travessia de Linha Desidério, que aguarda o processo da secagem e deve ser liberada nos próximos dias. As próximas a serem entregues à comunidade devem ser a Bismark, que está na fase de colocação de vigas, e a de Rio Pequeno, que também está em etapa final e deve ser concluída em dois meses.


Recentemente, em Brasília, no Ministério da Integração e Defesa Civil, o prefeito Wilson Molz buscou destravar recursos financeiros para as reconstruções das pontes Casc, na localidade de Alto Sinimbu; Gamelão, em Linha Gamelão; e de Linha Inverno, que terá um aumento de 45 metros. A licitação está pronta. Com empresas aptas a iniciarem os trabalhos, resta apenas a liberação dos recursos federais.
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“Esse lote das três pontes é o que mais tem nos preocupado. A ponte de Casc é de fundamental importância para a mobilidade do município. Ela já deveria estar pronta”, salienta Molz. “Infelizmente, questão de processo administrativo, que veio da administração anterior, trancou uma licitação. Com isso, a nova licitação saiu somente mais tarde, e agora tivemos esse travamento da liberação de recursos na Defesa Civil Federal”, lamenta.
Ele acrescenta que houve dificuldades com empresas ao longo do ano, retardando a conclusão das obras. “Nenhuma conseguiu concluir os trabalhos dentro do prazo. Infelizmente, nossas intimações às empresas não têm adiantado. Por conta disso, não conseguimos entregar até o fim do ano a Ponte do Centenário, por exemplo.”
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Ele reconhece que o transtorno é grande e volta a pedir paciência da comunidade. “Não temos outra saída. Romper contrato com as empresas é muito pior do que adiar mais um pouco. Precisamos ter muita persistência e torcer para que essas empresas realmente honrem os contratos.”
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Molz destaca ainda a expectativa pela entrega da obra da Ponte da Graxeira, sobre o Arroio Marcondes, em Linha Rio Grande, que está sendo executada pelo Estado desde o início do ano. “Terá que ser feito um grande acesso, porque a ponte ficou muito alta, fora do nível. Infelizmente, será uma obra paralela, que vai inclusive prejudicar os imóveis do núcleo Germano Winck. Ou seja, certamente será um desafio, e há um trabalho longo que o Estado tem pela frente nesse local.”
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Pontilhões
Ainda na capital federal, o chefe do Executivo participou de uma solenidade na qual foram anunciados mais de R$ 5,5 milhões para as obras de reconstrução dos pontlhões (pontes mais baixas). Além disso, foi assegurado o recurso de R$ 1.291.207,07 para a construção de um pontilhão no Núcleo Germano Winck, em Linha Rio Grande. Para as melhorias, já há empresas licitadas para dar início aos trabalhos no começo do próximo ano.
Pinguelas
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Das cerca de cem passarelas existentes antes da catástrofe, mais de 60 foram levadas pela água. Ainda no ano passado, o Município criou a Lei de Parceria de Pontes Pênseis, pela qual entra com o material e máquinas e a comunidade e as famílias que usam as pinguelas fazem o trabalho de reconstrução. “Algumas ainda estão com protocolos em aberto, mas devem ser consertadas ou reinstaladas muito em breve.”
Pontes
- Bismark: localidade de Bismark – em fase de colocação de vigas
- Rio Pequeno: localidade de Rio Pequeno – em andamento (mesma empresa que finaliza a Bismark)
- Casc: localidade de Engelmann – aguarda ordem de início
- Gamelão (comunidade): Linha Gamelão – aguarda ordem de início
- Linha Inverno: localidade de Linha Inverno – aguarda ordem de início
- Alto Rio Pequeno I: localidade de Alto Rio Pequeno – com ordem de início
- Alto Rio Pequeno II: localidade de Alto Rio Pequeno – com ordem de início, começo deve ocorrer em ainda dezembro
- Romaldo Fischer: localidade de Alto Rio Pequeno – concluída
- Desidério: Linha Desidério – concluída
- Centenário: localidade Centro – em fase final
- Além destas, a Ponte da Graxeira, sobre o Arroio Marcondes, em Linha Rio Grande, está em obras e aguarda a colocação da chapa sobre as vigas.
- A execução é do governo do Estado.
Pontilhões (pontes baixas)
- Getúlio Waechter: localidade de Rio Pequeno
- Dopke: localidade de Rio Pequeno
- Cruzeiro: Localidade de Rio Pequeno
- Alceu Bechert: localidade de Rio Pequeno
- Aldino Schulz: localidade de Rio Pequeno
- Heitor Schulz: localidade de Rio Pequeno
- Pio XII: localidade de Pinhalzinho
- Linha Pintado: localidade de Linha Pintado
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