A Câmara dos Deputados rejeitou, nessa terça-feira, 10, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, chamada de PEC do Voto Impresso. O projeto criava um comprovante físico que pudesse ser conferido pelo eleitor ao votar em eleições, plebiscitos e referendos.

A Câmara formou maioria a favor da proposta, mas o número foi insuficiente. Para a aprovação de mudanças no texto constitucional é preciso que o projeto tenha apoio de três quintos dos parlamentares (ou 308 deputados federais). Nessa terça, foram 229 votos para a criação do comprovante e 218 contrários.

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Entre os que votaram a favor da PEC estão os dois representantes do Vale do Rio Pardo na Câmara. Heitor Schuch (PSB) e Marcelo Moraes (PTB) enviaram manifestações a respeito à Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã desta quarta. Confira o que eles disseram:

Heitor Schuch (PSB)

“Eu, particularmente, confio 100% nas urnas eletrônicas. Penso que o processo é altamente confiável e não se tem, assim, de fato, algo que se possa dizer ou acusar que teve fraude em alguma eleição. Respeito, também, quem não confia no sistema. Eu votei ‘sim’ em consideração a quem quer auditar o voto. Não é problema fazer auditagem, não é problema fazer conferência, na minha opinião.”

Marcelo Moraes (PTB)

“Foi uma decepção muito grande. Ver no plenário nós, mesmo com maioria – nós vencemos a votação, fizemos 229 votos, contra 218 votos daqueles que não queriam o voto impresso. Grande problema é que, em se tratando de uma PEC, nós precisávamos apresentar 308 votos para poder aprovar essa segurança maior para a nossa democracia. Página virada, vida que segue, mas com certeza nós perdemos uma grande oportunidade de fazer com que, realmente, o voto do cidadão tenha validade.”

Após a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agradeceu aos deputados pelo comportamento democrático. “A democracia do Plenário desta Casa deu uma resposta a este assunto e, na Câmara, espero que este assunto esteja definitivamente enterrado”, afirmou (veja vídeo abaixo). A votação dessa terça-feira é a terceira derrota do voto impresso na Câmara, já que o tema foi rejeitado em duas votações na comissão especial na semana passada.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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