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NOTA TÉCNICA

Percentual de gaúchos com ensino superior chega a 20,6% em 2024

Foto: Agência Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A taxa de analfabetismo entre a população do Rio Grande do Sul com 15 anos ou mais caiu para 2,4% em 2024, enquanto a escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos alcançou 99,4%. No mesmo período, a proporção de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham reduziu-se de 16% para 13,1%, e o percentual de pessoas com 25 anos ou mais com ensino superior completo chegou a 20,6%, ampliando 4,6 pontos percentuais desde 2016. 

Os resultados integram a Nota Técnica “Evolução da educação no RS: uma análise das desigualdades com base na PNAD Contínua (2016–24)”, produzida pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O estudo, de autoria do pesquisador Ricardo César Gadelha de Oliveira Júnior, utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE) e analisa a realidade educacional da população residente no Rio Grande do Sul ao longo do período. 

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Escolaridade cresce e analfabetismo recua

A análise aponta que, entre 2016 e 2024, houve aumento contínuo da escolaridade na população do Rio Grande do Sul. Entre pessoas com 25 anos ou mais, a média de anos de estudo passou a 10,4 anos em 2024, incremento de 0,8 ano no período. A proporção de indivíduos com baixa escolaridade – sem instrução ou com fundamental incompleto – diminuiu 7,8 pontos percentuais. 

A redução do analfabetismo segue essa tendência. Entre a população com 15 anos ou mais, a taxa passou de 3% em 2016 para 2,4% em 2024. O comportamento é semelhante em recortes internos, embora diferenças permaneçam entre faixas etárias: entre pessoas com 60 anos ou mais, o índice chegou a 5,8% em 2024. 

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Desproporção por raça/cor 

Embora os indicadores mostrem avanços gerais, a Nota Técnica identifica diferenças persistentes entre grupos raciais no Rio Grande do Sul. Em 2024, a taxa de analfabetismo entre pessoas negras de 15 anos ou mais foi de 3,6%, enquanto entre pessoas brancas ficou em 2%. 

No ensino superior, o contraste permanece: 23% das pessoas brancas com 25 anos ou mais concluíram essa etapa, enquanto entre pessoas negras o percentual é de 11,8%. Entre jovens de 18 a 24 anos, a taxa ajustada de frequência escolar – indicador que mostra quanto da população nessa idade está matriculada no nível de ensino adequado ou acima dele – foi de 35,7% para brancos e 15,4% para negros. Em 2024, 17% dos jovens negros estavam fora da escola e do mercado de trabalho, enquanto entre brancos o percentual foi de 11,6%.

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Diferenças entre homens e mulheres no ensino e no trabalho 

A análise também evidencia diferenças entre homens e mulheres no Estado. Entre jovens de 18 a 24 anos, as mulheres registraram média de 12,3 anos de estudo, enquanto os homens alcançaram 11,5 anos. No ensino superior, 23,4% das mulheres com 25 anos ou mais concluíram essa etapa, recorte que abarca 17,6% dos homens. 

No ensino médio, a taxa ajustada de frequência escolar entre meninas de 15 a 17 anos chegou a 81,5% em 2024, enquanto entre meninos foi de 68,7%. A condição “nem-nem” (“nem estuda nem trabalha”) também apresenta diferenças internas: 17,3% das jovens mulheres estavam fora da escola e do mercado de trabalho, percentual que é de 9,5% entre homens. 

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Estudo e trabalho entre jovens 

A relação entre estudo e ocupação na população dos jovens de 15 a 29 anos também foi analisada. Em 2024, 21,4% conciliavam trabalho e estudo, acima dos 18,5% registrados em 2016. No entanto, a maior parcela dos jovens desse contingente permanece ocupada e fora da escola: 42,6% estavam nessa condição. Entre homens, a proporção foi de 49,8%, e entre jovens negros, de 46,1%. 

A redução do grupo que não estuda nem trabalha, de 16% para 13,1% no período, ocorreu em todos os recortes analisados, embora persistam diferenças entre sexo e raça/cor.

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