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GILBERTO JASPER

Política no WhatsApp

Estudo divulgado esta semana revela que o compartilhamento de notícias de política está menos frequente em grupos de família, de amigos e de trabalho no WhatsApp. Mais da metade das pessoas que participam desses ambientes dizem ter medo de omitir opinião.

A constatação integra o estudo “Os Vetores da Comunicação Política em Aplicativo de Mensagens”, realizado pelo centro independente de pesquisa InternetLab e pela Rede Conhecimento Social, instituições sem fins lucrativos.

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A pesquisa identificou que mais da metade das pessoas que usam o Whats estão em grupos de família (54%) e de amigos (53%). Mais de um terço (38%) participam de grupos de trabalho. Apenas 6% estão em grupos de debates de política.

Cá entre nós, a notícia não chega a surpreender, ao menos aqueles que costumam utilizar as redes sociais – principalmente o Whats – como ferramenta de comunicação com familiares, amigos e colegas de trabalho.

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A notícia pode ser analisada – como sempre – sob dois aspectos, positivos e negativos. Primeiro, serve como uma espécie de alento àqueles que estão cansados do bate-boca radicalizado Lula-Bolsonaro desde 2018 que permeia os debates nas redes sociais. Sem falar, é claro, daquilo que já sabemos: o grande contingente de rompimentos familiares, profissionais, de amizades e até da vizinhança em decorrência das discussões de cunho político. Na atualidade, o assunto parece onipresente.

Por outro lado, a informação deixa flagrante a imaturidade que aflora em nossa sociedade, onde é praticamente impossível travar uma discussão adulta, equilibrada, sem ofensas de cunho pessoal ou racista, para ficar em duas categorias. 

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Em plena era da tecnologia e da overdose de informações, a nossa incapacidade para cotejar argumentos fundamentados fica cada dia mais flagrante. Falar e ouvir, admitir e opinar é um exercício raro que consome muita energia e pouca eficácia.

A pesquisa identificou que há receio em compartilhar opiniões políticas. Pouco mais da metade (56%) dos entrevistados disseram sentir medo de emitir opinião sobre política “porque o ambiente está muito agressivo”. Os autores do estudo afirmam que se consolidaram os comportamentos para evitar conflitos nos grupos.

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Cerca de dois terços (65%) dizem evitar compartilhamento de mensagens que possam atacar os valores de outras pessoas, conforme o levantamento. Dos respondentes, 29% já saíram de grupos onde não se sentiam à vontade para expressar opinião política. Isso diz muito da falta de educação política, quase sempre forjada em conteúdos publicados em redes sociais. Ao invés de aprender a discutir, sem agredir, nota-se que muita gente prefere retirar-se dos grupos.

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