Na manha do último sábado, 7, o cirurgião do Ombro Abel Ranzzi e sua equipe realizaram um procedimento inédito em Santa Cruz do Sul e nas regiões dos vales do Rio Pardo e do Taquari. O transplante foi realizado no Hospital Santa Cruz em uma paciente de 72 anos que tem prótese de ombro e apresentava grave defeito ósseo. O enxerto utilizado foi disponibilizado pelo Banco de Tecidos Musculoesqueléticos do Hospital São Vicente de Paulo HSVP, da cidade de Passo Fundo.
Segundo Ranzzi, a cirurgia realizada na paciente foi a de enxerto ósseo homólogo, que envolve o uso de partes de ossos retirados de uma pessoa que recebeu um diagnóstico de morte cerebral. De acordo com o cirurgião, não é necessário que o osso do doador seja compatível com o receptor. Após a coleta e armazenamento no banco, o tecido é limpo e perde a identificação do sistema de origem.
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“Para que esse tecido ósseo esteja pronto, precisa passar por um procedimento denominado processamento, para que esteja apto a ser transplantado”, explica Ranzzi. “Este processamento ocorre no banco de multitecidos. Além disso, a parte do osso doada não precisa, necessariamente, ser a mesma do local onde será colocado, nem do mesmo tamanho”. Além disso, ele explica que o risco de rejeição nesse tipo de procedimento é mínimo.
Para a cirurgia, Abel Ranzzi recebeu a ajuda de dois colegas médicos e cirurgiões do ombro de Caxias do Sul, Rafael Ruaro e Fabrício Martinelli. A recuperação deve seguir de forma tranquila e rápida. “A cirurgia foi um sucesso”, destaca. “Esperamos uma excelente recuperação para a paciente, que ficará com uma tipoia por algumas semanas e em quinze dias serão retirados os pontos. Assim que o enxerto consolidar ao osso do receptor, ela será liberada para o início das fisioterapias”, acrescenta o cirurgião.
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