A Secretaria de Administração e Gestão de Santa Cruz do Sul vai reinstaurar o processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do ex-vice-prefeito Elstor Desbessell, no âmbito da Operação Controle. A medida foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, 2. Ele foi afastado das funções em novembro de 2023, quando o Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça, deflagrou a investigação durante a gestão da então prefeita Helena Hermany.

Ao Portal Gaz, o secretário de Administração e Gestão, Matheus Ferreira, explicou que a medida se faz necessária, pois, em 2024, o governo anterior entendeu que, por Desbessell ser vice-prefeito, a investigação e o julgamento caberiam à Câmara de Vereadores. “No entanto, a Câmara de Vereadores iria arquivar o processo, pois Elstor não estava mais no exercício do mandato de vice-prefeito. Assim, a investigação e o julgamento não seriam mais de competência do Legislativo.”

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Segundo o secretário, em 2025, a pasta reavaliou o entendimento, visto que Desbessell não atuou como vice-prefeito nos atos de corrupção da Operação Controle, mas sim no cargo de secretário municipal de Planejamento. “Sendo assim, o novo entendimento da Secretaria de Administração e Gestão foi levado à apreciação da Procuradoria-Geral do Município, que validou a nova interpretação. Portanto, o processo tramitará no setor de Disciplina vinculado à Secretaria de Administração e Gestão.”

Por isso, ocorre a reinstauração do processo administrativo disciplinar contra Elstor Desbessell pelo caso, que envolve infração disciplinar, improbidade administrativa e corrupção. “Cabe dizer que o prefeito Sérgio Moraes se comprometeu com uma gestão honesta e transparente. Essa é a nossa diretriz. Então, não tratamos de casos específicos com o prefeito, pois a ordem é investigar todos, independentemente de serem situação ou oposição.”

A reportagem entrou em contato com Elstor Desbessell sobre o caso, e ele preferiu não se manifestar por “tratar-se de um assunto administrativo. Apenas um rito de formalidade.”

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Os trabalhos serão conduzidos pelos membros da Comissão Permanente de Processos Administrativos Disciplinares e Sindicâncias, com prazo de conclusão de até 60 dias.

Saiba mais

Em 26 de fevereiro deste ano, a Secretaria de Administração já havia instaurado processos administrativos disciplinares para investigar a conduta de outros quatro servidores afastados durante a Operação Controle. São eles: o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Márcio Farias Martins; Everton Oltramari, ex-titular da pasta de Planejamento e Governança; Valmir José dos Reis, que ocupava o cargo de secretário de Segurança e Mobilidade Urbana; e Tiago Baggiotto, ex-diretor da mesma pasta.

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