Até 2025, a produção da aquicultura na América Latina e no Caribe poderá chegar a 3,7 milhões de toneladas – volume que representa um aumento de 39,9% para o setor na comparação com 2013-2015, quando a média produtiva das atividades aquícolas atingiu a marca de 2,7 milhões de toneladas. No Brasil, a expectativa é de que o segmento cresça 104% durante a próxima década.
Os dados são de um novo relatório publicado na quinta-feira, 7, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O documento destaca a importância da aquicultura para o futuro do consumo de frutos do mar.
Na América Latina e Caribe, por exemplo, a pesca não deve crescer muito nos próximos anos e a produção total de peixes da região – a soma das capturas e das atividades aquícolas – deve alcançar 16,2 milhões de toneladas em 2025. O valor é apenas 12,6% mais alto do que o registrado em 2013-2015 (14,4 milhões de toneladas).
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Em âmbito global, a produção deve crescer até atingir 195,9 milhões de toneladas em 2025. Até 2015, médias anuais não haviam ultrapassado o volume de 166,8 milhões de toneladas.
De acordo com a FAO, esse aumento pelos próximos dez anos será sustentado pela expansão da aquicultura em países em desenvolvimento – estimada em 26%. O Brasil é citado pelos investimentos significativos feitos no setor, o que deve levar o país a um crescimento acima da média de outras nações emergentes.
As projeções do novo relatório confirmam tendências já aguardadas desde 2014, quando a produção da aquicultura em todo o mundo para o consumo humano direto excedeu a contribuição feita por capturas de pesca. “Dessas 29 milhões de toneladas (a mais entre 2015 e 2025), a América Latina e Caribe pode responder por quase 3 milhões”, explicou o oficial de pesca e aquicultura do Escritório Regional da FAO, Alejandro Flores Nava.
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Do total de 4,6 milhões de embarcações pesqueiras operando em todo o planeta, a América Latina e o Caribe respondem por 6%, dos quais 90% têm menos de 12 metros de comprimento. De acordo com o levantamento da FAO, as exportações da região no setor têm crescido de forma mais acelerada do que as importações.
Apesar do desempenho positivo, a agência da ONU alerta que os índices de produção e consumo latino-americanos e caribenhos continuam abaixo das médias de outras regiões.
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