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Projeto Repensar: contação de histórias incentiva a criatividade e a imaginação

Foto: Nappy.co

Com a suspensão das aulas presenciais, algumas escolas adotaram método diferente e criativo para despertar o interesse dos alunos pela leitura durante a pandemia. De forma interativa e espontânea, fábulas são contadas por transmissões ao vivo, ou nas redes sociais, todos os dias e em diferentes horários. Os chamados “contadores de histórias”, os próprios professores da instituição, organizam-se em diversas escolas para proporcionar essas atividades.

Na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, de Santa Cruz do Sul, o projeto Hora do Conto, que teve início há cerca de um mês, envolve alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Todos os dias, as professoras Maria Adelaide Lopes Duarte e Silvana Soares Rodrigues dos Santos, que trabalham na biblioteca da escola, destinam meia hora para contar histórias a crianças dos anos iniciais e 40 minutos para os demais. A transmissão é feita pelo Google Meet, sempre às 10h30 e às 16 horas.

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A diretora da escola, Janaína Venzon, explica que a ideia é promover a interação entre as crianças por meio de narrativas, proporcionando-lhes viagens fantásticas através da imaginação. “Antes da pandemia, os estudantes tinham uma vez por semana uma hora para ficar na biblioteca e ter contato com os livros. Agora, em casa, sabemos que há certa dificuldade para ter esse momento”, frisa.

“Então, a escola resolveu proporcionar, por meio da Hora do Conto, o despertar da imaginação, da criatividade e linguagem, criando empatia pelos personagens e reforçando lado lúdico, tão importante para seu desenvolvimento.”

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Silvana se caracteriza para contar a história da “Bruxa Onilda” e cativar os estudantes

Para variar as estratégias e conseguir a atenção dos alunos, as professoras costumam se vestir de acordo com o personagem da história que será contada. “Elas são muito criativas e estão sempre se reinventando. Chegam a comprar acessórios e adereços para se caracterizarem. Cada hora é algo novo, é uma aventura”, comenta Janaína.

Mesmo sem os livros físicos, ela ressalta que a contação de histórias online pode cumprir o papel de apresentar esse novo universo às crianças. “Temos recebido muitas mensagens agradecendo pela iniciativa, e os alunos estão adorando. Dá para perceber isso na forma como eles interagem durante a atividade. É gratificante”, afirma.

Na escola, além da Biblioteca Infantil Cantinho da Imaginação, para alunos do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), com acervo de 2,3 mil obras, também há a biblioteca geral Ivo José Müller, que possui 12,7 mil livros.

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No Mauá, aulas são planejadas para obter a atenção do aluno

Para estimular o hábito da leitura, o Colégio Mauá implantou desde o início do ano letivo de 2020 o projeto Contações de Histórias, desenvolvido por professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental e bibliotecárias da instituição. Cada profissional, a exemplo da professora Gabriela Koehler, utiliza uma temática de abordagem diferente para despertar a atenção do aluno. Algumas inclusive se caracterizam de acordo com o personagem da história narrada.

A coordenadora da Educação Infantil da Unidade II, Cristine H. Löwenhaupt, explica que a atividade teve início com as narrativas gravadas e transmitidas pelas redes sociais. “Sempre tivemos como prática estes momentos em nossa rotina. Com a pandemia, tivemos de repensar o trabalho pedagógico para dar continuidade às atividades. Além disso, fomos abastecendo as crianças com histórias em nossos encontros online, e algumas foram transmitidas pelas redes sociais.”

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Gabriela apoia-se em clássicos da literatura

Cristine ressalta que a contação de histórias serve para auxiliar a criança na formação de valores e também fortalecer sua identidade. “É importante na medida em que ajuda a promover o gosto pela leitura, bem como o desenvolvimento da imaginação e o vocabulário. Serve como momento de o aluno estar mais próximo do professor, e com literatura infantil.”

Para promover mais conhecimento aos alunos, o Colégio Mauá possui uma biblioteca do Ensino Fundamental, que foi inaugurada em 2019 e conta com um acervo de 4.060 exemplares. Já na biblioteca geral, são 13 mil obras à disposição de toda a comunidade escolar, inclusive de pais e ex-alunos.

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As duas unidades de Educação Infantil também possuem suas bibliotecas. Neste período de pandemia, o atendimento é prestado pelo sistema drive-thru. As obras são solicitadas através do e-mail [email protected] e a retirada dos livros acontece na guarita do Colégio.

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