Uma imponente estrutura erguida nos altos da Rua Bruno Agnes, no Bairro Bom Jesus, foi oficialmente inaugurada nessa sexta-feira, 5. Trata-se da nova Estação de Tratamento de Água da Corsan/Aegea, que dobra a capacidade de beneficiamento de água, passando a 800 litros por segundo, o que equivale a 2.880 mil litros por hora.
A unidade, monitorada pelo Centro de Operações Integradas e totalmente automatizada, envia informações em tempo real 24 horas, nos sete dias por semana. No local será possível a realização de mais de 500 análises da qualidade da água, complementadas por exames feitos no laboratório central de controle.
O tratamento do lodo torna o processo de purificação da água mais sustentável e evitará desperdícios, pois o material é desidratado e a água reaproveitada. Além disso, a desinfecção da água deixa de ser feita com cloro gás e passa a ser realizada por hipoclorito de sódio (reação entre água, sal e energia elétrica). A mudança garantirá mais segurança para os operadores e comunidade do entorno, já que o cloro gás é uma substância mais tóxica e inflamável.
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A presidente da companhia, Samanta Takimi, enfatiza que a estrutura oferece mais tecnologia e qualidade, além de reafirmar o compromisso com a comunidade. “Trago também satisfação pessoal neste ato. Passamos por transição societária de empresa, eleição recente, erros e acertos. E esta é uma obra que reafirma o compromisso e o respeito com a população de Santa Cruz e nossa presença no município, onde ficaremos por muitos anos, sempre com qualidade no serviço, olho no olho.”
Na mesma linha, o prefeito Sérgio Moraes lembrou que fez cobranças duras à Corsan neste ano a fim de que o serviço prestado à comunidade fosse mais eficiente. “O início do governo foi tumultuado. Tínhamos uma população que clamava por ajuda ao enfrentar problemas de abastecimento. Fomos andando de forma truculenta e melhoramos nosso diálogo e entendimento. E qualquer relação tem que ser suportável para os dois lados”, disse.
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Ele igualmente frisou o compromisso com a comunidade. “Se ela estiver enfrentando dificuldades, retomamos as conversas. Sei que a empresa está dando o seu melhor. Hoje estou honrado com a melhora no atendimento à comunidade. E esse investimento é igual a Santa Cruz: imponente, bonita.”
Abastecimento
Segundo a Corsan, a nova ETA vai proporcionar mais segurança quanto à oferta de água tratada, atendendo tanto a população atual quanto o crescimento futuro da cidade. Ainda vai suprir períodos de verão, estiagens ou quando a água apresentar alta turbidez, exigindo um tratamento mais demorado.
A estação terá capacidade para manter o abastecimento da cidade por sete horas apenas com seu volume, mesmo em situações extremas, como parada temporária na captação ou queda de energia. Outras interrupções também poderão ocorrer em função de motivos externos, como rompimento de rede, falta de energia ou manutenção programada.
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Obra teve investimento de R$ 52 milhões
O investimento na ETA foi de cerca de R$ 52 milhões. Ao longo dos trabalhos, iniciados em dezembro de 2021, utilizaram-se 5 mil metros cúbicos de concreto, 550 mil quilos de aço e mais de 100 mil metros cúbicos de movimentação de solo. O volume de concreto e de aço empregado seria suficiente para construir um prédio de mais de cem andares.
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Durante o ato inaugural, o diretor executivo regional da Corsan/Aegea, Alexandre Barradas, enfatizou o esforço dedicado à obra. “Mesmo com a privatização, garantiram-se os recursos porque o município precisava desta obra. E damos mais um passo em prol do crescimento do município. Essa é uma das cidades que mais recebem investimentos da Corsan. Operários sabem o quanto isso aqui é um avanço e dá segurança operacional diante das adversidades que acontecem.”
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A obra foi finalizada em julho. Durante agosto, o local ficou em testes operacionais e segue funcionando em comissionamento. Ou seja, está sendo feita a transição da operação da antiga, no Bairro Pedreira, para a nova estação, processo que pode levar ainda cerca de dois meses.
Funcionamento da nova ETA:
A água que abastece Santa Cruz é captada no Rio Pardinho e bombeada até a nova Estação de Tratamento de Água (ETA). No local, passa por várias etapas sucessivas até chegar potável às torneiras.
- Coagulação
- São adicionados produtos químicos, como o sulfato de alumínio, que promovem a desestabilização das impurezas na água.
- Floculação
- As partículas desestabilizadas se agrupam e formam flocos maiores e mais densos, o que facilita a remoção.
- Decantação
- Os flocos se tornam mais pesados que a água e afundam, separando-se do líquido.
- Filtração
- A água passa por filtros de areia, cascalho e carvão, que retêm as partículas remanescentes.
- Desinfecção
- Na etapa final, ocorre a eliminação de bactérias e microrganismos, garantindo a potabilidade da água.
- Após todas essas fases, a água, já tratada, é encaminhada aos reservatórios e à rede de distribuição.
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