Em entrevista ao programa Estúdio Interativo, da Rádio Gazeta FM 107,9, o vereador Raul Fritsch (Republicanos) avaliou 2025 como um ano mais tranquilo no Legislativo municipal, após um período que classificou como conturbado na legislatura anterior. Segundo o parlamentar, a renovação do próprio mandato coincidiu com o primeiro ano do governo do prefeito Sérgio Moraes, marcado pela ausência de oposição na Câmara. “Foi um ano tranquilo para o governo, como não tem oposição na Câmara, está muito tranquilo para o primeiro ano”, afirmou.
Ao relembrar o mandato passado, Fritsch destacou que o ambiente era marcado por tensão, vaia e dificuldade de manifestação dos vereadores da base. “Qualquer coisa que tu falasse, se fosse a opinião contrária à oposição do governo passado, era motivo de vaia”, relatou. Para ele, esse cenário comprometeu o funcionamento das sessões e o respeito ao regimento interno, situação que, segundo avalia, ainda exige atenção. “Precisa, sim, se ter respeito dentro da Câmara de Vereadores, porque 17 vereadores representam 140 mil cidadãos”, ressaltou.
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O vereador voltou a criticar a votação de projetos sem parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, mesmo quando considerados inconstitucionais. Segundo Fritsch, essa prática se intensificou após um período de descontrole interno. “Começou essa avalanche de projeto inconstitucional”, declarou.
Fritsch afirmou que a exposição desses projetos gera visibilidade, enquanto o debate técnico acaba ficando em segundo plano. “A comunidade não entende o que é constitucional ou não”, explicou. Como exemplo, citou um projeto que proibia o corte de água e luz durante a pandemia. “Isso não é lei municipal. Eu votei contra e fui taxado como uma pessoa que não defende a comunidade”, relatou.
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Ao comentar sobre a presidência da Câmara, Fritsch defendeu o respeito às regras e citou um acordo de rodízio entre bancadas. “Nenhum jogador vai entrar para disputar uma partida sabendo que o árbitro está comprado”, comparou. Ele também afirmou que a função não é um objetivo pessoal. “Não é nenhum sonho ser presidente da Câmara, é uma meta e um compromisso assumido. Se não for para mim, está tudo tranquilo”, pontuou.
Fritsch afirmou que é pré-candidato, mas que ainda está em aberto se em nível estadual ou federal. Na entrevista, também criticou a estrutura dos cargos comissionados e defendeu a valorização dos professores. “Um professor precisa ter graduação e pós-graduação e ganha R$ 1.700,00 por mês. Isso é vergonhoso”, disse, defendendo mudanças e o cumprimento do piso nacional.
Ouça a entrevista na íntegra:
*Colaboraram Lucas Malheiros e Márcio Souza
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