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MEMÓRIA

Relembre o presente de Natal que Santa Cruz ganhou em 1919

Novidade no Natal de 1919: veículo levava 25 passageiros, sentados ou de pé, e percorria a área urbana de Santa Cruz | Foto: Arquivo de Luiz Kuhn

A população de Santa Cruz do Sul ganhou um presente de Natal em 25 de dezembro de 1919. Naquele dia, começou a circular o primeiro ônibus urbano. A escolha da data foi significativa, pois permitiu que as pessoas que moravam um pouco mais distantes pudessem ir com mais tranquilidade até a Igreja Matriz, para assistir às missas de Natal, e à Igreja Evangélica para acompanhar o culto alusivo ao nascimento de Cristo.

O ônibus era um caminhãozinho adaptado, pertencente à Garage Brasil, de propriedade de Henrique João Gerhard. O veículo transportava 25 pessoas, que iam sentadas em bancos de madeira ou em pé nos estribos. Como mostra a imagem do fotógrafo Guilherme Kuhn, mesmo sendo verão, os passageiros não dispensam o paletó, a gravata e o chapéu de feltro.

Um diferencial é que ele buscava os passageiros em casa e, na volta, largava-os na frente da residência. Até aquela data, a maioria dos santa-cruzenses deslocava-se a pé, de carroça, charrete e bicicleta. Em casos muito urgentes, o jeito era apelar a algum vizinho que tivesse carro. Mas esses eram raros.

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Com o tempo, foram surgindo os carros de praça, dirigidos por um elegante chauffeur. Esses motoristas usavam uniformes e quepes (boné tipo militar). O que hoje são os táxis ficavam estacionados nas praças, de onde vem o nome “carro de praça”. Do francês ainda vem o termo garage (garagem), local onde os veículos eram guardados. Esse serviço teve início em Paris e, por isso, as palavras francesas.

Apenas em 1950, a Prefeitura regulamentou o transporte coletivo urbano, com a criação de três linhas: Kothe, Agnes e Arroio Grande, todas passando pela Rua Marechal Floriano. O serviço era prestado pela empresa Filter & Born.

Mesmo com a ampliação do número de ônibus urbanos, o serviço dos carros de praça nunca parou. Inclusive, durante a Segunda Guerra, quando faltou gasolina, eles ganhavam uma cota especial para atender a população.

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