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CANDELÁRIA

Réplica do maior predador do Triássico volta ao parque Itamar Vezentini

Reprodução em tamanho original foi feita há oito anos, com uso de fibras, e necessitou de restauração, por conta dos efeitos do tempo | Fotos: Erni Bender

Uma réplica do maior predador do Período Triássico voltou ao Parque Municipal de Eventos Itamar Vezentini, de Candelária, na manhã dessa sexta-feira, 15. A reprodução do Prestosuchus chiniquensis em tamanho original foi feita há oito anos, com o uso de fibras, e necessitou de restauração, pois perdeu a cor com a exposição às condições climáticas, danos provocados pelas roçadeiras que cortam o gramado do local e também algumas depredações.

O secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Flávio Kochenborger, explica que a restauração foi feita por André Gamela, mesmo artista plástico que criou a réplica. Ele é servidor público estadual no município e foi o responsável pela criação da reprodução de diversos outros animais expostos no Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues.

O espaço, criado em 1990, possui em seu acervo fósseis originais, fotos, desenhos, reproduções de peças e esculturas de vários animais que viveram entre 220 e 230 milhões de anos atrás na região, no período conhecido como Triássico.

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A réplica no Parque de Eventos ganhou uma espécie de pedestal para ficar acima do nível do gramado, com o objetivo de evitar danos com a roçadeira. Além disso, conta com câmeras que permitirão a identificação de vândalos que possam danificá-la.

O animal tem 1,5 metro de altura e 7 metros de comprimento. As medidas seguem as dimensões originais do predador, baseadas em estudos científicos. O secretário de Turismo explica que a exposição da escultura volta a ser uma atração no parque e mostra o potencial dos afloramentos de fósseis em Candelária.

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O Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues conta com parte do crânio de um Prestosuchus chiniquensis em seu acervo, encontrado no interior de Candelária. O animal viveu há aproximadamente 238 milhões de anos e era um arcossauro, linhagem que deu origem aos dinossauros que voavam. O predador fez parte do grupo dos tecodontes.

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O museu também exibe a estátua de um tecodonte em tamanho real, com 7,5 metros de comprimento e 1,75 metro de altura, e a ilustração do ataque de um cinodonte carnívoro a um dicinodonte. Entre as identificações raras feitas na região ainda está o cinodonte Candelariodon barberenai, também replicado.

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Enorme potencial paleontológico

Privilegiado por apresentar rochas com registros fossilíferos de três momentos da pré-história, o território candelariense está situado entre duas antigas falhas geológicas, marcadas por um par de linhas de sentido Norte/Sul onde correm os rios Pardo e Botucaraí. A localização favorável e os trabalhos prestados por grupos vinculados a diversas universidades conferem ao município importância nos cenários nacional e internacional de Paleontologia.

Os afloramentos locais já proporcionaram a descoberta de 13 novos animais até então desconhecidos da ciência. Entre os achados na região estão o Jachaleria candelariensis, cinodonte herbívoro que viveu no Triássico Superior, há aproximadamente 220 milhões de anos. A mandíbula foi encontrada no final de 2011, e o animal foi batizado de Botucaraitherium belarminoi.

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