O ano de 2025 está chegando ao fim. Por aqui, no Portal Gaz, reportagens de grande repercussão, situações que viralizaram nas redes sociais e crimes que chocaram a população estão entre as reportagens mais lidas. Nos últimos cinco dias do ano, o Portal Gaz reconta os assuntos que mais chamaram a atenção dos leitores. Um deles foi o chamado Caso Cemai, em que um relato de negligência médica no local provocou repercussão e mudanças no serviço em Santa Cruz.
Relembre
O início de junho foi marcado por tensão para uma moradora de Santa Cruz do Sul. À época, ela teria sido vítima de um caso de negligência médica com o seu filho, então com apenas dois meses de idade, no Centro Materno Infantil (Cemai). O bebê começou a apresentar problemas de saúde no dia 6 daquele mês, levantando suspeita de bronquiolite. Ela procurou o espaço para atendimento médico; contudo, na consulta, a profissional responsável não teria confirmado o diagnóstico e nem emitido nenhum laudo por escrito, apenas prescrevendo a realização de lavagem nasal com soro.
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Nos dias seguintes, o quadro do bebê foi piorando. A mãe relata que seguiu procurando atendimento e novamente enfrentava resistência dos médicos para a obtenção de um diagnóstico ou de um tratamento mais efetivo. Foi quando ela procurou o Hospitalzinho que a equipe apontou a gravidade do caso. A criança foi diagnosticada com laringite, recebendo recomendação de internação imediata. De volta ao Cemai, novamente teria sido ignorado o encaminhamento. Foi a partir da mobilização, com intermédio de vereadores do município, que o filho de Patricia pôde ser internado em um leito de UTI no Hospital Santa Cruz e receber o tratamento adequado.
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O caso teve repercussão na imprensa e nas redes sociais. Isso levou a Secretaria Municipal de Saúde a se mobilizar, mantendo contato direto com os pais da criança. A profissional que fez o atendimento foi afastada. O prefeito Sérgio Moraes convocou uma reunião com a família do bebê, informando que romperia o contrato com a empresa responsável pelas escalas médicas do Cemai – mais tarde, o Hospital Ana Nery assumiu a gestão. Ainda, familiares e pessoas que se identificaram com a situação promoveram uma manifestação em frente ao centro de saúde, pedindo providências e melhorias no atendimento.
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Um mês depois, o assunto voltou à tona na Câmara de Vereadores. Jeferson Redondo (Republicanos) citou que a médica afastada sofreu ameaças de morte e de estupro nas redes sociais. Jair Eich (PP) reforçou a necessidade de cautela com o pré-julgamento, citando que o laudo feito sobre o caso teria atestado que não houve negligência. Alberto Heck, do PT, teria confidenciado uma conversa com Sérgio Moraes, na qual o prefeito teria comentado sobre a injustiça feita com a médica. Ainda, a presidente Nicole Weber Covatti, então no Podemos, informou que um boletim de ocorrência foi registrado sobre a situação, enquanto o advogado da profissional da saúde, Roberto Kist, havia confirmado que estavam sendo avaliadas as medidas judiciais cabíveis.
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Ainda, entidades ligadas à medicina se manifestaram após o caso voltar a tomar repercussão em Santa Cruz. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) emitiu uma nota oficial, repudiando o pré-julgamento da profissional e reforçando que o laudo não teria apontado erro ou omissão no atendimento prestado. Ainda, em agosto, em evento promovido pelo Simers em Santa Cruz, o presidente da entidade, Marcelo Matias, voltou a citar o episódio, criticando a atuação de Sérgio Moraes ao afastar a profissional, alegando que ele estaria “colocando gasolina no incêndio”. “Nós tivemos um caso cuja colega obviamente estava correta, mas caiu nas redes sociais, o prefeito da cidade resolveu se meter no assunto e fazer uma política demagógica”, mencionou na ocasião.
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