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MEIO AMBIENTE

Rio Pardinho precisa de intervenções em 129 áreas com processos erosivos

Foto: Rodrigo Assmann

Rio Pardinho tem locais com processos erosivos ativos ou com ausência de vegetação adequada para a proteção das margens

Rio Pardinho tem locais com processos erosivos ativos ou com ausência de vegetação adequada para a proteção das margens

Um diagnóstico realizado pelo Muda Programa de Conservação do Solo e da Água do Rio Pardinho, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), constatou que o manancial tem 129 áreas com processos erosivos ativos ou ausência de vegetação adequada à proteção das margens. Juntas, elas somam 54 quilômetros de extensão e uma área a ser recuperada de 81 hectares. O trabalho considerou as margens da direita e da esquerda do rio, onde foram avaliados 226 quilômetros. 

Conforme a coordenadora do curso de Agronomia da Unisc e especialista do Centro Socioambiental da universidade, professora Priscila Pacheco Mariani, o diagnóstico foi realizado entre outubro e dezembro do ano passado, e contou com visitas técnicas a campo e coleta de imagens. Ainda segundo Priscila, as áreas identificadas precisam de algum tipo de intervenção, sejam mais simples, como o plantio de árvores, ou técnicas de engenharia mais robustas, como o cercamento da área.

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Das 129 áreas, Priscila destaca que o plantio florestal foi indicado para 55; técnicas simplificadas de Engenharia Natural para 20; técnicas robustas de Engenharia Natural para 13 e uso de técnicas combinadas para 41 áreas ou trechos do curso de água. Para ela, qualquer uma das medidas de recuperação deve contar com um projeto técnico adequado para execução das atividades, buscando garantir o sucesso dos trabalhos.

Priscila coordena o curso de Agronomia
Priscila coordena o curso de Agronomia | Foto: Lucas Malheiros

Além das ações de estabilização das margens, a professora destaca que o projeto contempla o monitoramento sistemático da qualidade da água do Rio Pardinho. Serão seis pontos de coleta distribuídos ao longo do curso do rio, previstos para o período de 61 meses, além da instalação de três estações de monitoramento. 

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Ela também destacou a participação dos produtores rurais, já que o programa desenvolverá ações de conservação do solo e da água em propriedades. Além disso, promoverá capacitações voltadas para produtores e técnicos da região. Priscila destaca ainda a parceria com a Japan Tobacco International (JTI), financiadora do programa. “A gente tem aí um programa que com certeza reflete em toda a comunidade”, disse.

Desassoreamento e biodiversidade

Durante a entrevista ao programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã de ontem, Priscila falou também sobre algumas questões relativas ao Rio Pardinho, como o desassoreamento. Ela acredita que em locais em que haja problema na captação de água, a atividade seria importante. Porém, não considera que uma ação isolada irá resolver o problema. “Não adianta eu tirar o sedimento de dentro do rio e colocar na margem, porque qualquer evento, como uma cheia normal, vai carregá-lo para dentro de novo”, explicou. 

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Sobre a fauna e a flora do Pardinho, a professora salienta que a ideia é incorporar a biodiversidade de forma genérica dentro do programa. “Gostaríamos de colocar armadilhas fotográficas, para avaliar o quanto isso está impactando não só a flora, mas também a fauna.”

Colaboraram Lucas Malheiros e Marcio Souza

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