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Romaria da Terra leva 10 mil fiéis a Arroio do Meio

Mesmo com o calor escaldante, os participantes andaram por mais de 2 quilômetros

Mesmo com o calor escaldante, os participantes andaram por mais de 2 quilômetros

A terça-feira, 4, foi marcada por momentos de fé e devoção em Arroio do Meio. O município do Vale do Taquari recebeu a 47ª Romaria da Terra, que teve como tema Reconstruir e Cuidar da Casa Comum com Fé, Esperança e Solidariedade. Cerca de 10 mil fiéis, de diversas partes do Estado, integraram a caminhada de 2,5 quilômetros pelo Bairro Navegantes até a rua coberta na praça central da cidade.

Realizada de modo itinerante, a Romaria da Terra opta por escolher municípios onde há questões a serem debatidas. Por ter sido devastada pelas enchentes que ocorreram no ano passado, o Bairro Navegantes, em Arroio do Meio, foi escolhido para sediar o evento. Durante a parada na Igreja de Nossa Senhora de Navegantes, na Rua Campos Sales, três momentos marcaram a memória dos fiéis durante a romaria.

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Um deles foi a colocação de uma pedra em frente à igreja, retirada do local onde houve um deslizamento que matou várias pessoas da mesma família, como um marco de homenagem às vítimas. Outro momento foi a colocação de uma cruz, construída com restos de madeiras de árvores arrancadas pela enchente. Nela, foram escritos os nomes das pessoas que morreram durante a cheia. O barco utilizado nas procissões fluviais de Nossa Senhora dos Navegantes também foi colocado no mesmo lugar.

O padre da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Arroio do Meio, Alfonso Antoni, destacou que a romaria teve a participação de 20 bispos. Para ele, foi um dia de fortes emoções para os participantes.

“As pessoas ficaram muito impactadas com o que viram. A realidade vivenciada na cidade e, principalmente, colocar os pés no chão do bairro que foi destruído, fez experimentar o lado e compartilhar da dor, do sofrimento, da tristeza que ainda escala forte na vida de tantas pessoas que perderam suas casas, pertences e familiares e amigos”, afirmou Antoni.

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Ele acrescenta que também foi um momento de compartilhar fé e esperança. “Dia de alegria, encontros, de celebração da solidariedade que se viveu no pós-enchente e continua forte e presente na vida das pessoas. Com certeza, muitas sementes boas foram plantadas neste dia e quem participou saiu fortalecido na fé, vontade, coragem e esperança para seguir trabalhando na reconstrução da vida e cuidado da casa comum.”

No próximo ano, a Romaria da Terra ocorrerá no dia 17 de fevereiro, no santuário do Caaró, município de Caibaté, nas Missões. A 48ª edição vai destacar as questões indígenas. Em 2026 completam-se 400 anos das Missões e 270 anos do martírio de Sepé Tiaraju.

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