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MEMÓRIA

Saiba quem foi Dona Carlota, mulher poderosa na região

Foto: Banco de Imagens

Saiba quem foi Dona Carlota, mulher poderosa na região

Banco Nacional do Comércio, onde é o Santander. Nesta esquina foi construída a primeira casa da cidade, onde viveram Guilherme Lewis e Carlota Leopoldina de Albuquerque

Na coluna anterior, lembramos um pouco da história de Wilhelm (Guilherme) Lewis, o primeiro morador da cidade de Santa Cruz. Casado com Carlota Leopoldina de Albuquerque, ele construiu a residência do casal na esquina das ruas Marechal Floriano e Ramiro Barcelos, onde hoje fica o Santander. Ali também ficava o antigo Banco Nacional do Comércio.

Não há muitas informações oficiais sobre Carlota, que dá nome a um bairro da cidade. Era filha do general Manoel Pedroso Albuquerque, dono da Fazenda São João da Serra, que nascia em Rincão del Rey (Rio Pardo) e que se estendia até a colônia de Santa Cruz, passando por Linha São João da Serra, Cerro Alegre Alto, Esmeralda, até as margens do Rio Pardinho (região do Bairro Dona Carlota).

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Com a morte do pai, a propriedade (sesmaria doada pela Coroa Portuguesa) passou para a filha e começou a ser chamada de Fazenda Dona Carlota. É possível que a fazenda tenha ganho mais uma sede, nas imediações da atual fábrica da Philip Morris, no Distrito Industrial. Relatos indicam que ela gostava de promover grandes recepções, para a elite rio-pardense.

Em 1858, o cientista alemão Avé-Lallemant ficou hospedado na residência dos Lewis. Registrou que Carlota era uma senhora educada, saudável, e que amamentava seu 11º rebento. Enquanto isso, o filho mais velho já servia ao exército em Rio Pardo.

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Quem também deixou informações sobre Carlota foi a senhora Hedwig Textor Trein, viúva de Carlos Trein Filho. Descreveu a mulher como muito bonita, mãe de quatro filhas e bastante má com os escravos que mantinha em sua fazenda. Contou que era muito rica, tanto por parte de pai (o general Albuquerque) quanto por parte da mãe, Mafalda Mena Barreto Albuquerque.

Após a morte de Guilherme Lewis, em 1867, a viúva e as filhas mudaram-se para uma casa luxuosa em Porto Alegre. Os herdeiros, no entanto, teriam perdido a herança. Carlota, que foi riquíssima, morreu pobre, em um quartinho na casa de uma neta. “Que destino!”, encerra Hedwig.

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