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Santa Cruz abre 1,7 mil empregos em fevereiro

Foto: Rafaelly Machado

Geração de vagas no mês passado reflete principalmente demanda por mão de obra sazonal nas empresas de tabaco do município

Mais de 1,7 mil postos de trabalho com carteira assinada foram abertos em Santa Cruz no mês de fevereiro, antes do período de restrições mais severas às atividades econômicas. Tudo indica que a tendência de recuperação da empregabilidade, verificada desde janeiro, tenha sido afetada a partir de março.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nessa terça-feira, 30. Santa Cruz gerou 1.734 vagas – foram 3.376 contratações e 1.642 demissões. Em janeiro, o saldo havia sido de 472 vagas. Com isso, já são 2.223 postos criados desde o início do ano.

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O resultado reflete principalmente a demanda por mão de obra sazonal nas empresas de tabaco, apesar de o ritmo de contratações de safreiros estar mais lento do que em anos anteriores, em razão da estiagem do ano passado (que atrasou o trabalho nas lavouras) e limitações de operação nas usinas em função do distanciamento social. Do total de vagas geradas, 1.684 foram na indústria.

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Já os demais setores tiveram desempenhos bem mais modestos. Comércio e serviços, os mais afetados pela crise, tiveram saldos positivos, mas inferiores ao do ano passado, quando a pandemia ainda não havia começado. Apenas o setor de agropecuária registrou saldo negativo, o que está ligado ao período de entressafra, quando cai a demanda por trabalhadores volantes.

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O movimento de retomada no início do ano após o tombo de 2020, quando 491 vagas foram fechadas em Santa Cruz, acompanha a tendência observada em nível estadual e nacional. O Rio Grande do Sul gerou 29.587 empregos em fevereiro, enquanto no País foram 401.639 vagas formais abertas.

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De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RS), Mário de Lima, o resultado positivo de fevereiro, sobretudo no comércio, foi influenciado pelo afrouxamento do distanciamento social entre o final de 2020 e o início de 2021. Conforme ele, o resultado de março deve ser afetado pelo endurecimento das restrições, mas não necessariamente vai anular a curva de retomada iniciada na virada do ano.

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A projeção é que, com os sinais de aceleração da campanha de vacinação contra a Covid-19, uma melhora nas estatísticas de óbitos e internações seja observada nas próximas semanas. Isso pode influenciar as expectativas dos agentes econômicos e gerar uma nova expectativa de recuperação da demanda. “Acredito que o mês de abril de 2021 não será tão ruim quanto abril de 2020”, projetou, lembrando que abril foi o pior momento da pandemia. Somente em Santa Cruz foram 862 vagas fechadas.

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