As projeções das entidades e órgãos públicos referente aos dados dos empregos formais para agosto foram confirmadas. O Rio Grande do Sul fechou 1.668 vagas, tendo o saldo negativo puxado pela indústria. Na região, a sazonalidade imposta pela força da cadeia produtiva do tabaco fez com que Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires tivessem mais demissões do que admissões. O acumulado do ano, no entanto, é positivo e coloca os dois municípios entre os maiores geradores de trabalho formal do Estado.
Em Santa Cruz do Sul, conforme os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram fechadas 1.617 oportunidades de trabalho. É o terceiro pior resultado desde 2020, atrás de 2023 (que teve saldo de -2.601) e de 2021 (-1.826). Mesmo assim, o mercado santa-cruzense acumula 3.333 novas vagas neste ano e aparece na terceira posição entre os 497 municípios gaúchos.
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Entre os setores, a indústria fechou 1.761 oportunidades. No lado de cima da tabela, os serviços formalizaram 84 trabalhadores, com a sequência do comércio (49), agropecuária (10) e construção civil (1).

Por setor em Santa Cruz
| Setor | Saldo |
| Agropecuária | 10 |
| Indústria | -1.761 |
| Construção | 1 |
| Comércio | 49 |
| Serviços | 84 |
Região tem saldo negativo
Venâncio Aires mantém a quarta posição no Estado, tendo fechado 882 vagas em agosto e alcançado o saldo de 2.658 contratos formais no ano. A liderança segue com Porto Alegre, que tem destaque para setores como os serviços, que é o que mais emprega no País, e comércio. Na sequência vem Caxias do Sul, com destaque para o setor metalomecânico, com leve vantagem sobre Santa Cruz, tendo somado 3.393 contratos formais.
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Quanto aos municípios acompanhados mês a mês pela Gazeta do Sul, cinco tiveram saldo positivo em agosto e dez acumularam mais demissões do que admissões. Mato Leitão zerou, tendo aberto 79 vagas, com 79 rescisões. O melhor resultado foi o de Candelária, com 27 contratações.

O desempenho ruim da região se reflete nos números do Estado. No período, foram registradas 126.175 admissões e 127.823 desligamentos. Apenas o setor de serviços e a agropecuária apresentaram saldo positivo em agosto, com 3.507 e 125 postos de trabalho, respectivamente. Tiveram saldos negativos a indústria (-4.086), o comércio (-665) e a construção (-529).
No acumulado do ano, as admissões superaram as demissões em 74.554. O dado representa um aumento de 32,6% em comparação ao mesmo período de 2024. Os setores que apresentaram os maiores resultados foram serviços (36.319) e indústria (30.476), seguidos por comércio (3.516), construção (3.321) e agropecuária (922).
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| Município | Total em 2025 |
| Porto Alegre | 14.595 |
| Caxias do Sul | 3.393 |
| Santa Cruz do Sul | 3.333 |
| Venâncio Aires | 2.658 |
| Canoas | 2.149 |
| Erechim | 2.148 |
| Passo Fundo | 2.123 |
| Gravataí | 1.986 |
| São Leopoldo | 1.930 |
| Bento Gonçalves | 1.843 |
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Brasil criou 147.358 vagas
O Brasil fechou agosto com saldo positivo de 147.358 empregos com carteira assinada. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O MTE informou que o resultado de agosto decorreu de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos.
O saldo de empregos formais em agosto superou o registrado em julho, que ficou em 134.251. Apesar do resultado, a criação de oportunidades de trabalho voltou a cair em razão da alta de juros e da desaceleração da economia na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 239.069 postos.
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Quatro dos cinco grandes agrupamentos apresentaram resultado positivo. O setor de serviços fechou o mês com 81.002 novos empregos; comércio com 32.612; indústria com 19.098 e construção civil com 17.328. A agropecuária registrou saldo negativo de 2.665.
Nos últimos 12 meses – de julho de 2024 a agosto de 2025 –, o saldo positivo é de 1.438.243 novas vagas formais. O resultado é menor do que o registrado no período de junho de 2024 a julho de 2025, quando a geração de empregos fechou com 1.804.122 postos de trabalho.
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O salário médio real de admissão em agosto deste ano atingiu R$ 2.295,01, apresentando alta de R$ 12,70 (+0,56%) em relação a julho, quando estava em R$ 2.282,31.
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