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TRABALHO

Santa Cruz gera 6 mil empregos em três meses

Foto: Rodrigo Assmann/Banco de Imagens

tabaco

Desde o ano passado, o custo de produção de tabaco é realizado em conjunto

Com a melhora no ambiente econômico diante do arrefecimento da pandemia, Santa Cruz do Sul gerou mais de 6 mil empregos com carteira assinada entre janeiro e março. Parte do desempenho, porém, se deve a uma antecipação das contratações de safreiros pelas empresas de tabaco.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e indicam um avanço em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando 4,2 mil vagas foram criadas. O saldo, resultado de 11,6 mil admissões e 5,5 mil demissões, foi o melhor entre as principais economias do Rio Grande do Sul.

Principal motor da economia local, a indústria fumageira respondeu por 90% das vagas geradas. No entanto, conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo e Alimentação (Stifa), Gualter Baptista Júnior, essa tendência não vai se manter nos próximos meses e o patamar de contratações deve ficar semelhante ao do ano passado. As expectativas do Stifa, com o fim das restrições de ocupação das usinas, era de um aumento de 8% a 10% na demanda, mas isso não deve se confirmar devido ao volume menor de tabaco comercializado.

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Segundo o dirigente, o pico de contratações registrado no trimestre, sobretudo em março, deu-se em função do atraso na negociação do preço. “As empresas tiveram que trazer um contingente maior em função desse atraso, mas foi um crescimento pontual, que vai se diluir ao longo dos meses. Não haverá aumento nas contratações”, observou.

Outros dois importantes empregadores do município, os setores de comércio e serviços também tiveram saldos positivos, o que reflete a retomada das atividades econômicas. Um dos segmentos com melhor desempenho, por exemplo, foi o de educação, com o retorno pleno das aulas presenciais. Outro foi o de transporte terrestre, o que indica um retorno do turismo.

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Cenário é incerto, diz líder da ACI

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz, César Cechinato, o desempenho da empregabilidade no primeiro trimestre reflete o cenário de retomada após dois anos de pandemia. Para ele, no entanto, o conjunto da economia deve dificultar essa recuperação.

Um dos principais problemas é a inflação elevada, sobretudo em setores como alimentos, gás e combustíveis. Essa alta impacta significativamente o orçamento das classes menos favorecidas e limita o efeito de medidas adotadas para estimular o consumo, como a liberação do saque do FGTS. Outro são as sucessivas altas na taxa de juros, o que dificulta, por exemplo, o acesso a financiamentos imobiliários. Isso, inclusive, somado à disparada nos preços de insumos como aço e cimento, pode estar afetando diretamente o setor de construção civil, que demitiu mais do que contratou no primeiro trimestre em Santa Cruz.

Conforme Cechinato, os reflexos da Guerra da Ucrânia e da alta dos juros americanos, além das incertezas quanto à eleição presidencial, completam o quadro que deixa dúvidas sobre como será o ritmo da economia e, consequentemente, da geração de empregos nos próximos meses. “É um coquetel de fatores que, principalmente no segundo semestre, pode ocasionar uma retração em alguns setores ou talvez em todos”, analisou.
O Rio Grande do Sul gerou 56,3 mil vagas formais entre janeiro e março, com forte participação da indústria. No Brasil, o saldo positivo foi de 615,1 mil vagas, puxado pelo setor de serviços.

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Os números

Ano a ano (primeiro trimestre)
2022 – 6.075
2021 – 4.257
2020 – 3.372
2019 – 9.214
2018 – 5.158
2017- 4.690
*O governo federal alterou a metodologia do Caged a partir de 2020, o que torna imprecisas as comparações com anos anteriores.

Mês a mês
Janeiro 831
Fevereiro 2.355
Março 2.889

O saldo por setor (primeiro trimestre)
2021 – 2022
Indústria 4.257 – 5.584
Serviços 248 – 633
Comércio 2 – 71
Construção 102 – 9
Agropecuária 166 – 202

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Os maiores PIBs do Estado (primeiro trimestre)
Santa Cruz do Sul 6.075
Porto Alegre 3.925
Caxias do Sul 3.188
Passo Fundo 2.623
Novo Hamburgo 1.793
Canoas 1.507 Pelotas 813
Gravataí 426
Rio Grande 415
São Leopoldo -292

Na região (primeiro trimestre)
Santa Cruz do Sul 6.075
Venâncio Aires 3.990 Vera Cruz 782
Candelária 311
Encruzilhada do Sul 120
Rio Pardo 52
Sinimbu 27
Vale do Sol -2

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

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