Outubro é conhecido pela luta contra o câncer de mama. Porém, outras campanhas buscam trazer à tona a preocupação referente a outras doenças e infecções. Uma delas é o Outubro Verde, que conscientiza sobre a prevenção e diagnóstico da sífilis. Em Santa Cruz do Sul, são identificados entre 40 a 50 casos da doença por mês. Somente em 2024 foram registradas cerca de 500 notificações.
A preocupação dos profissionais é com o aumento do número de casos, que dobrou desde 2020, indicando que cada vez mais pacientes são diagnosticados. Naquele ano, foram 246 registros. “Ela é uma doença grave se não tratada, se não identificada. Mas, ao mesmo tempo, é curável, tem um tratamento barato”, explica a enfermeira do Centro Municipal de Apoio à Sorologia (CEMAS), Micila Chielle.
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Outra problemática é que a maioria dos pacientes desconhece que possui a doença. A enfermeira detalha que a sífilis primária geralmente se manifesta de uma forma branda, como pequenas feridas com casca na região íntima ou na boca. “Essa lesão fica uns dias e some. E aí, nunca mais. A pessoa pensa que se machucou ou qualquer outra coisa, e na verdade, é a sífilis primária”. Porém, esse estágio evolui e a sífilis volta com novos sintomas e lesões no corpo, podendo ser fatal se não tratada.
A prevenção da doença acontece pelo uso de preservativos durante as relações sexuais. Porém, é crucial que pessoas com vida sexual ativa realizem periodicamente o teste rápido. Ele funciona através da coleta de sangue do dedo. Em cerca de 20 minutos é divulgado o resultado positivo ou negativo para essa e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Em Santa Cruz do Sul, os 30 postos de saúde realizam as testagens, além do Serviço Integrado de Saúde (SIS), localizado na Universidade de Santa Cruz (Unisc).
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*Colaboraram os jornalistas Marcio Souza e Carina Weber
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