Ainda em processo de recuperação após os estragos da tragédia climática que afetou o Estado no ano passado, muitas famílias voltaram a sentir os efeitos das cheias por conta da chuva dos últimos dias.
Em Santa Cruz do Sul, o Parque da Oktoberfest se transformou em uma base para as ações relativas aos problemas decorrentes das inundações, que afetaram os bairros. Pela proximidade com o Rio Pardinho, o Várzea foi o mais prejudicado, como de costume.
Barracas de campanha foram armadas para acomodar os colchões e pertences das famílias. Caminhões da Prefeitura e do 7º Batalhão de Infantaria Blindado foram utilizados para remover a população das áreas alagadas.
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Joice Moura, de 41 anos, é uma das pessoas que precisaram ir para o local. Ela e os quatro filhos deixaram o Bairro Várzea, mas o marido ficou para cuidar da casa. A água invadiu todos os cômodos. A família ainda está marcada pela enchente de 2024. “Passar por tudo isso de novo é horrível. Estamos muito tristes. Entramos em desespero e não sabemos o que fazer. Pedimos muito para Deus nos ajudar”, relatou.
Os dois cães da família foram destinados ao pavilhão 2, onde foi montado o abrigo para os animais. Joice aguarda o retorno para sua moradia com ansiedade. “Somos acostumados com a água entrando na casa quando chove bastante. Mas das últimas vezes, nunca teve nada parecido”, comentou. Assim como nas ocasiões anteriores, Joice e outras famílias na mesma situação vão depender do auxílio da comunidade, com a doação de móveis e utensílios domésticos. “Nossa renda é baixa. Meu marido não tem carteira assinada e eu faço faxina e tenho o Bolsa Família. Dependemos de doações novamente”, explicou.
Pâmela Carvalho Machado deixou a residência com os três filhos e o marido porque a água já havia atingido o pátio. Por prevenção, decidiram ir para o abrigo no pavilhão 3. O cão de estimação Balú foi junto. A família o adotou há dois anos, de um lar temporário. “Somos muito apegados. A gente decidiu sair muito por causa do Balú, já que entrou água no pátio”, disse.
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Prestação de serviço
O Centro de Eventos foi o local escolhido para centralizar as doações. Equipes foram destacadas para a seleção das roupas, dos alimentos e dos materiais de higiene. O exemplo de solidariedade do ano passado foi replicado no novo momento de urgência. Um volume expressivo de donativos se acumulou em pouco tempo.
De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento Social e Inclusão, Núbia Ávila Bruch, as unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) também são pontos onde as famílias necessitadas podem ter acesso às doações. Nesses locais ainda são disponibilizadas lonas para aqueles que tiveram a casa destelhada.
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Segundo a Prefeitura, a maior necessidade no momento é por toalhas de banho, travesseiros, lençóis, meias, leite, água mineral, chupetas e mamadeiras, além de produtos de higiene pessoal como papel higiênico e absorventes. “Estamos providenciando toda a assistência necessária para as famílias neste momento. Esperamos que as famílias possam voltar às suas casas o mais rápido possível”, destacou a subsecretária.
Já para atender ao abrigo de animais, a Secretaria de Bem-Estar Animal solicita jornais, caixas de transporte, correntes, areia para gatos e sachês de alimentação. Materiais como paletes e papelão foram utilizados na construção de casinhas para cães. A secretária Bruna Molz, juntamente com parceiros voluntários, providenciou suprimentos como ração, água e medicamentos, além de gaiolas para gatos. A chave Pix para auxílio é [email protected].
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