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Santo Antônio: desenvolvimento do bairro gira em torno da paróquia

Foto: Albus Produtora

Conhecido por realizar uma das maiores carreatas em homenagem aos motoristas, o Bairro Santo Antônio está localizado no coração da Zona Sul de Santa Cruz do Sul e conta com uma população estimada em 1.528 habitantes, conforme mapa temático produzido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) a partir do Geoprocessamento do Município, e com base no Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A região abriga a paróquia Santo Antônio – grande responsável pelo desenvolvimento do local – em razão da fé e do anseio da comunidade em ter uma igreja, na época do povoamento. Conforme dados da Prefeitura, o bairro foi criado em 1991; no entanto, as delimitações sofreram alterações com o passar do tempo. Em 2009, parte do território localizado ao norte pertencia ao Bairro Arroio Grande e ao sul ao antigo Bairro Vila Nova.

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O bairro conta com cerca de 80 empreendimentos comerciais e de prestação de serviços e aproximadamente 751 residências. A origem do nome do local está ligada à paróquia Santo Antônio.

Uma história que se encontra com a fé religiosa

Antes da criação do Bairro Santo Antônio, toda a região pertencia ao Bairro Arroio Grande – que englobava grande parte da Zona Sul da cidade na época. De acordo com pesquisa do jornalista ​José Augusto Borowsky, da Gazeta do Sul, o desenvolvimento daquela região se deu basicamente às margens da antiga Estrada Geral para Rio Pardo, hoje Avenida Deputado Euclydes Kliemann. 

Antes do surgimento do novo bairro, é preciso conhecer um pouco da história de desenvolvimento do lugar. Naquele tempo, as condições da Estrada Geral não eram as melhores, pois era esburacada e estreita e não contava com iluminação. No local, apenas sete famílias residiam próximo da atual sinaleira da Avenida Paul Harris. 

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O desenvolvimento da região também passou pela antiga estrada de Linha São João da Serra, hoje Rua Barão do Arroio Grande, a partir da instalação do Frigorífico Excelsior e alguns estabelecimentos comerciais. Já a grande expansão imobiliária ocorreu na década de 1960, com a instalação do Distrito Industrial. O acesso apenas era possível pela estrada velha, mas com a ampliação das indústrias, uma nova via (Avenida Castelo Branco) foi criada e asfaltada em 1971. 

O crescimento populacional mobilizou a comunidade a ter uma paróquia. Naquele tempo, as missas eram rezadas pelos padres da Paróquia São João Batista, a que pertenciam os habitantes da região. Conforme informações da Diocese de Santa Cruz, a paróquia Santo Antônio foi criada por Dom Alberto Etges em 26 de fevereiro de 1965.

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A origem da entidade religiosa no local está ligada ao desmembramento das paróquias da Catedral e de Rincão Del Rey, em Rio Pardo. O primeiro pároco da Santo Antônio foi o monsenhor Clemente Müller.

Comunidade unida para o crescimento

A presença de um templo religioso era vista como algo fundamental para a região, já que se previa a expansão da cidade em direção à Zona Sul. Onde se encontra a atual igreja existia uma estrutura pequena para celebração de missas, nas terras doadas por Antônio Kipper. 

Atualmente, ela está integrada ao salão paroquial. A casa paroquial foi construída na parte dos fundos e, ao lado, um pavilhão para festas. O prédio da atual Igreja Matriz foi erguido em 1967 e inaugurado em 16 de novembro de 1969. Em 1974, houve a instalação dos sinos na Igreja Matriz.

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A partir de 1989 foi introduzida a Novena de Santo Antônio, com missa nas primeiras terças-feiras do mês e, ao fim da celebração, a bênção do “pão de Santo Antônio” e da saúde. A casa paroquial foi finalizada em setembro de 2005. A missa é realizada até hoje.

Padre Fabrício Niederle atua na paróquia desde 2018

O padre Fabrício Niederle, 47 anos, explica que a paróquia abrange oito comunidades: a Matriz, São José Aliança, Nossa Senhora Aparecida Esmeralda, Corredor Zanette, Sagrada Família, Sagrado Coração de Jesus e duas em Capão da Cruz. 

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“As pessoas daqui são muito presentes na igreja e nos eventos que realizamos. Além disso, nos ajudam com doações de alimentos e roupas para famílias carentes. Eles abraçam nossas causas”, ressalta Niederle, que é padre há 12 anos e está na paróquia desde 2018.

Natural de Lajeado, seus três primeiros anos como padre foram na paróquia São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires. “Eu auxiliei também a comunidade Nossa Senhora de Lourdes, na localidade de Estância Nova. Estive três anos em Arroio do Meio e trabalhei na paróquia de Travesseiro.”

Moradia e trabalho no mesmo lugar

Outro ponto positivo do Santo Antônio é a proximidade com o comércio local, como farmácias, postos de combustíveis, lojas, supermercados e atendimento de saúde. Com todas essas opções, os moradores conseguem trabalhar sem sair do bairro.

Próximo à igreja, o pintor Carlos Alberto Baierle, 53 anos, estava trabalhando em uma casa, pintando a grade do pátio. Ele reside no bairro desde 1994 com a esposa e filha. “Trabalhei durante 28 anos na Philip Morris, desde a época que a empresa estava no Centro. Acompanhei todo o processo de mudança para onde ela está hoje”.

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Já sobre a vida no bairro, Baierle ressalta ser um lugar tranquilo e bom de se viver. “Eu consigo trabalhar por aqui, e é tudo bem próximo; facilita muito.” Em tom de brincadeira, ele disse que o bairro tem temperaturas muito altas em certos dias. “No verão, quase não dá para aguentar.” 

No dia da entrevista, Baierle trabalhava com seu cunhado Emir Alfredo Müller, 53 anos. Ele reside em Linha João Alves e atua há 33 anos como pintor.

Outro serviço que também tem muita procura no bairro é o de barbearia. Um dos estabelecimentos é o de Luis Carlos Lersch Júnior, 27 anos. “Tenho a barbearia há cinco anos. O início foi mais difícil, mas hoje 70% dos meus clientes são aqui do bairro. Isso é muito bom.”

O profissional destaca que iniciou na sala de casa, onde ficou por dois anos e meio. Agora, conta com um espaço dedicado à barbearia, na frente de casa. “É um bairro bom e seguro”, avalia. 

Para saber

No Bairro Santo Antônio está localizado o único crematório de Santa Cruz e região. Chamado de Jardim Montanha dos Vales (foto abaixo), o espaço foi inaugurado em abril de 2021 e é operado pelo Grupo Diersmann. Disponibiliza estrutura de capelas velatórias e sala de homenagens. Com a implantação do serviço, famílias que optam pela cremação não precisam mais se dirigir à Região Metropolitana.

Próximo à igreja do bairro também está um dos maiores reservatórios de água da Zona Sul da cidade, com capacidade para armazenar até 2 milhões de litros de água. Ele abastece os bairros Castelo Branco, Santo Antônio, Esmeralda e Progresso. Além do reservatório, a estrutura compreende uma subestação de energia, estação de bombeamento de água tratada e duas adutoras. A obra foi realizada em parceria entre a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e a Prefeitura de Santa Cruz.

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