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Segundo dia da Convenção Lojista do RS debate a mudança do varejo

Painéis e palestras apresentaram dados sobre o uso de novas tecnologias e discutiram como elas podem beneficiar os negócios | Foto: Diego Dias

O uso da inteligência artificial ainda tem sido um tabu para muitas pessoas e profissionais. No entanto, os benefícios para quem já incorporou o avanço tecnológico estão sendo mensurados. No varejo, a tecnologia tem proporcionado um crescimento de 25% na produtividade. Entre os varejistas, 84% relataram aumento de eficiência; 42% reduziram custos operacionais; 39% observaram melhoria na satisfação do cliente e 36% registraram aumento nas vendas.

Os dados foram apresentados nessa sexta-feira, 12, em painéis e palestras na 2ª Convenção Lojista do Rio Grande do Sul. Promovido pela Federação Varejista em Gramado, na Serra Gaúcha, o evento A Revolução do Varejo discutiu as transformações do setor, a nova forma de atuação dos empresários e o comportamento dos clientes.

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O presidente da Federação Varejista, Ivonei Pioner, destacou que as tecnologias mudam todas as regras do jogo. “Hoje, para existirmos, precisamos de dois endereços, um físico e um digital. Temos que entender e nos apaixonarmos muito mais pelo cliente do que pelo produto, porque, afinal de contas, o produto é só a materialização da solução; eu preciso saber o que meu cliente realmente deseja.” Segundo ele, esse é o momento de pensar na mudança. “Ou a gente embarca nas tecnologias, na IA, e se apaixona pelo cliente buscando entendê-lo, ou não vamos conseguir sobreviver por muito tempo.”

Para dar suporte aos empresários, Pioner explicou que a federação lançou neste ano a CDL IA, a primeira ferramenta de uma entidade no Brasil e que oferece capacitação, cursos e tutoriais. “Estamos crescendo e precisamos nos reinventar. A IA está em todas as áreas e não podemos ficar afastados”, reforçou. “Nós já temos um produto, a CDL IA, preparada para o pequeno varejo, para o serviço, para que possam rapidamente entrar nesse momento de atualização com algo que está pronto.”

Segundo ele, são mais de 150 consultores digitais para ajudar quem está empreendendo a organizar melhor o negócio. “Você não precisa saber de tudo, você precisa se conectar com tudo.”
Ao longo do evento, os painelistas “distribuíram” dicas para serem aplicadas pelos empresários. O especialista em varejo e consumo do Sebrae, Fabiano Zortea, ressaltou que é preciso focar mais no cliente e menos no produto.

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“É sobre menos características de produto e mais modelo de varejo emocional, olhar no olho do cliente”, frisou. Segundo ele, o varejo brasileiro pode se tornar o mais atraente do planeta. “Só não pode errar o básico. E quem foca em tudo, não foca em ninguém.”

Com quase 40 integrantes, delegação da CDL de Santa Cruz do Sul foi a terceira maior | Foto: Divulgação

IA deve ser encarada como complemento

A estrategista de IA para empresas Victoria Luz disse que essa inovação deve ser usada como um complemento. “Precisamos estar atentos para não perdermos produtividade. Ela aumenta demanda e serviços e faz os cenários mudarem. Usem para ganhar tempo e autoridade.”

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Com 20 anos de atuação como executivo de grandes companhias, inclusive com presença há mais de uma década no Vale do Silício (Estados Unidos) e na China, Fábio Neto, da StarSe, apresentou aos participantes da convenção a temática O varejo sob nova direção, focando o ritmo acelerado e o imediatismo buscado pelos clientes.

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“Estamos vivendo revoluções simultâneas. O mundo está num desencaixe que nos faz experimentar um novo momento dos negócios”, acredita. “As pessoas querem as entregas no mesmo dia, e isso tem aumentado em 45% as vendas. Querem conveniência. Foi-se o tempo do horário comercial”, disse.

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Neto ressaltou que a revolução, que veio para ficar, chega de lugares diferentes e precisa ser acolhida. “Não vem mais só do varejo, do comércio tradicional, mas de outros setores”, enfatizou. “Também é necessário conhecer o que chega do outro lado do mundo – cada vez mais, essa influência asiática no comportamento do consumidor, aquilo que eles fazem e como têm atuado no varejo daqui. E primeiro eu preciso ser tech para depois ser varejo.”

Acrescentou que é preciso entender de tecnologia, sobre as plataformas e como os algoritmos funcionam. “Como antigamente a gente necessitava entender de localização, de vitrine, de exposição, tenho agora que entender de uma tecnologia que vai além disso.” A urgência, então, é de buscar informação a respeito do que está surgindo. “O mundo é daquele que sabe fazer as melhores perguntas e buscar as soluções. Experiência é importante, mas tem que tomar cuidado, porque às vezes a gente está repetindo de ano dizendo que aquilo é experiência”, advertiu.

Fábio: é preciso entender de tecnologia | Foto: Diego Dias

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Desaprender

Na mesma linha, um dos maiores especialistas em varejo e tecnologia do Brasil, Caio Camargo, destacou que as possibilidades online se multiplicam e os consumidores estão cada vez mais exigentes. “Para aprender, precisa estar disposto a desaprender. O ego já encerrou mais negócios do que a concorrência. Uma empresa resiliente é uma empresa à prova do futuro. É preciso pensar fora da caixa”, afirmou.

O diretor de modernização da Latam, Gregório Melo, por sua vez, salientou que o custo de não fazer nada pode ser maior do que o investimento experimentando novidades e inovações. “A IA gera personalização da experiência e operações inteligentes, facilita o atendimento ao cliente e pode ser parceira estratégica para potencializar capacidades humanas.”

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Foco no cliente

Referência em inteligência artificial para líderes empresariais, Gustavo Caetano também reforçou a necessidade de o foco ser no cliente. Alertou ainda sobre a urgência para implementação e utilização da inteligência artificial no segmento. “Hoje, apenas 5% dos seus concorrentes usam IA. Em menos de dois anos, 75% já estarão à frente. 89% das pequenas empresas e 79% das médias empresas ainda não empregam essa inovação nos seus negócios. Quem não adotar IA agora vai perder espaço e clientes para quem já entendeu o jogo.”

Na mesma linha, o economista Ricardo Amorim ressaltou que a aplicação prática da IA ainda está engatinhando, mas já é uma revolução. “Ela só é capaz de fazer o que pedirmos. Por isso, é preciso desenvolver a capacidade de pedir”, sublinhou. “Criem bases de dados, julguem o que faz sentido, vejam como os outros utilizam. Não usar IA é dar um passo para trás. Hoje vivemos só uma pontinha do iceberg. Não conseguimos ter ideia das transformações que a IA vai trazer.”

Amorim: aplicação da IA ainda é tímida | Foto: Diego Dias

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