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MARCIO SOUZA

Seja bem-vindo, julho!

Virou senso comum mostrar espanto pela suposta velocidade do tempo. A virada do mês, então, serve como mote para a percepção de que, sim, concluímos metade de 2025 e começamos, nesta terça-feira, 1º, o segundo semestre. A velocidade mais acelerada dos relógios pode ser confirmada pelos estudiosos desse assunto, ou negada, que são pessoas com capacidade para isso. O que, por ora, temos como afirmar é que o tempo não pode ser desperdiçado, pois não retorna, é como o vento ou a palavra dita.

Astro das letras e intérprete histórico, Renato Russo e sua Legião Urbana já serviam de comprovação dessa afirmativa há décadas. Em Tempo Perdido ressaltaram: “Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou. Mas tenho muito tempo. Temos todo o tempo do mundo”. Mas esse é um ter que não pode significar jogar fora. Ele não é reciclável, mas serve como parâmetro para ajustes futuros. A gente tem que aprender com o tempo, não repetir os mesmos erros. Deixar espaço para os novos, que venham a fazer parte da nossa vida.

Em O Tempo não Para, Cazuza já alertou sobre essa nossa capacidade de ignorar alguns aprendizados. “Eu vejo o futuro repetir o passado; eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para”, bradava o menino serelepe, que se foi tão cedo. Seu tempo foi curto. Nada diferente do que visto em muitos outros casos, sobretudo daqueles que temos como ídolos musicais. Suas vidas são intensas, seus sonhos realizados e seus tempos encurtados.

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Ciente disso e quase como um mantra, os integrantes do Pato Fú também falaram Sobre o Tempo: “Tempo amigo, seja legal. Conto contigo pela madrugada; só me derrube no final”. E quando o final chegar, tudo certo. Saibamos reconhecer que ele passa, que é motivo de aprendizado e não pode ser esquecido. Viver o presente com intensidade é implantar em sua memória os melhores momentos. É poder dizer, como Casimiro de Abreu: “Oh! Que saudades que tenho; da aurora da minha vida, da minha infância querida; que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras, à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!”

E que julho e o segundo semestre tragam boas novas, sirvam para recuperar os danos sofridos com tanta água e lama vinda daqueles que sempre foram nossos parceiros, os rios; que a gente tenha aprendido com os erros, possa repetir os acertos e consiga superar eventuais dificuldades vividas neste reinado que tem um líder, um dono, um todo poderoso: o tempo; o Tempo Rei. “Transformai as velhas formas do viver. Ensinai-me, ó, Pai, o que eu ainda não sei; Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei”, ensinou Gilberto Gil.

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