Durante o 8º Festival Santa Cruz de Cinema, o ator Allan Souza Lima se unirá ao seleto grupo de artistas que receberam o Prêmio Tuio Becker. A honraria, que leva o nome do crítico de cinema santa-cruzense, foi criada na segunda edição do evento e reconhece a contribuição dos agraciados à sétima arte. Leandro Firmino, ator de Cidade de Deus, foi o primeiro a receber a premiação. Além dele, nomes como Thiago Lacerda, Marcos Breda, Júlio Andrade, Filipe Matzembacher e Marcio Reolon também foram homenageados.
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Nascido em Recife, Pernambuco, no dia 18 de novembro de 1985, Allan cresceu escutando, dos muros de seu lar, os ensaios do artista Chico Science, que o influenciou na carreira musical. Em 2004, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de estudar na Casa de Artes Laranjeiras (CAL), onde se formou como ator. O início da carreira foi nos palcos. Entre os trabalhos em seriados, novelas e minisséries, destacou-se pelo de Ubaldo em Cangaço Novo, na Amazon Prime. E no cinema, participou de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, atuando ao lado de Sônia Braga.
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Entrevista – Allan Souza Lima, ator
- Gazeta – O Prêmio Tuio Becker é um reconhecimento à sua carreira cinematográfica. Como se sentiu ao saber que receberá a honraria? Receber um prêmio sempre é gostoso. E um prêmio relacionado ao reconhecimento profissional é muito gratificante. São 20 anos de labuta, uma carreira de tantos percalços, de altos e baixos, e ver alguém querendo te homenagear por isso é gratificante. Fico feliz.
- Qual a tua relação com o Rio Grande do Sul? Guardo um carinho muito grande pelo Rio Grande do Sul. Também tenho uma relação muito próxima com os festivais do Sul, com o pessoal e com o cinema. Minha carreira foi muito baseada aí, eu conheci muita gente. Minha sócia é daí. Trabalhei com o Tabajara Ruas no filme A Cabeça de Gumercindo Saraiva. Rodamos praticamente o Rio Grande do Sul inteiro fazendo o filme. Então, vivi durante dois meses uma vida de cigano. Cada semana estávamos filmando em uma cidade: Canela, São Francisco de Paula, Caçapava do Sul. Então, tenho uma aproximação muito grande com essa terra.
- A tua carreira é bastante diversificada, com trabalhos em novelas, séries e peças de teatro. Mas o que te atrai no cinema? Cara, é uma pergunta simples mas complexa ao mesmo tempo. Na infância, pô, eu adorava os filmes do Tom Cruise e sempre gostei de ação e de polícia. Eu comecei com teatro e fui caminhando. Fiz novelas também. Mas criei um carinho muito grande pelo cinema. Ele te permite incorporar as tuas dores dentro do processo de criação. Acho que a sétima arte te proporciona isso, de você poder fazer qualquer coisa. Eu tenho uma aproximação muito grande com os personagens, a forma, o processo de trabalho que é o cinema, de criar um personagem, isso me encanta muito.
- Quais foram os momentos mais marcantes na sua trajetória cinematográfica? Já que estamos falando do Sul, posso dizer que um momento marcante foi a morte do tenente Teófilo Saraiva, meu personagem em A Cabeça de Gumercindo Saraiva. No filme, trabalhei com o finado Leonardo Machado, que interpretou o capitão Francisco Saraiva, nosso querido irmão, um grande ator. Foi uma cena muito delicada pra mim. Uma cena de morte, que fica marcada tanto pela história quanto por quem estava ao meu lado nela.
- Estás com algum novo trabalho em desenvolvimento? Não fechei, então não posso falar ainda, mas já tenho um próximo trabalho em vista. Estou saindo da negociação. Porém, no próximo ano, estou focado em dirigir meu primeiro longa-metragem. Isso vai sair do papel.
- Além do Festival de Cinema, Santa Cruz do Sul conta com uma Film Commission, para atrair novas produções à região, e o Polo Audiovisual, fortalecendo ainda mais o setor. Na sua avaliação, como isso contribui no cenário cinematográfico? Minha sócia conhece muito bem os festivais mundo afora e já havia me falado de Santa Cruz. Destacou o quanto o festival é muito forte e muito bem reconhecido. E tudo isso realmente me encantou, porque ela conhece muito bem os festivais. Sem dúvida, é um festival com um grande potencial, consolidado há oito anos. Existe um grande potencial para ser um dos grandes festivais do mercado cinematográfico. E quando a Vera Carneiro [diretora da Pauta – Conexão, responsável pela assessoria de imprensa do 8º Festival Santa Cruz de Cinema] me chamou, fiquei bastante feliz. Tenho um carinho muito grande pela Vera. Ela foi uma pessoa que me encaminhou quando eu ainda estava engatinhando. Sempre foi muito receptiva comigo. No início, eu não tinha nem ingresso para entrar em um festival. Hoje, minha carreira está sendo reconhecida dentro de um.
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