Após quase 30 dias da posse, o prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes, concedeu entrevista ao programa Estúdio Interativo, na Rádio Gazeta FM 107,9 , para um balanço do primeiro mês de governo. Dentre as várias questões citadas, o chefe do Executivo falou sobre a Corsan e a questão da qualidade da água na cidade, que ganhou repercussão nos últimos meses.
Sobre o tema, Moraes citou o contrato assinado anteriormente. “Para falar sobre esse assunto temos que voltar à quase 15 anos, onde já existia um contrato de 30 anos com a prefeitura. Ele venceu no governo da Kelly (Moraes). E era um contrato do tipo, ‘cumpra se quiser’. A Corsan não cumpria, o município não tem força para lutar contra isso e o povo atirado por aí, faltando água, água de péssima qualidade.” Naquela época optou-se em fazer uma licitação, mas a decisão foi questionada. “Diziam que queríamos vender a água de Santa Cruz”, recorda.
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Moraes falou sobre o contrato subsequente, de 40 anos, que no último governo aumentou em cerca de uma década. Agora, prometeu montar uma ação para que o povo não pague por esses valores. “No novo contrato não se exige mais as obras, esqueceram das obras, mas continuam com a tarifa. Nós vamos montar uma ação e queremos que esse dinheiro das obras que o povo pagou e não recebeu seja devolvido para o povo.” O atual prefeito adiantou que a ação deve ser agilizada com o Ministério Público para devolver esses recursos para a sociedade e que Santa Cruz do Sul está muito perto de uma municipalização da água.
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Ainda sobre o contrato, criticou os altos valores da água. “O contrato é uma mentira, porque nós tínhamos conseguido 16% de desconto na água. O governo passado manteve os 16%, mas, agora, com gatilhos, vai voltando os 16% para a taxa e mais os aumentos. Já é um dos valores mais altos do Brasil. Há pouco tempo, nós éramos a segunda conta de água mais cara do Brasil. Hoje, não sei em que posição estamos.”
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Questionado se a ideia é conseguir a devolução dos valores ou que a concessionária realize as obras, o prefeito ressaltou que, com as alterações no contrato, as obras não são mais contempladas. “Ou seja, houve mais uma falha do governo, para não dizer outra palavra. Tinha necessidade de fazer as obras, ao invés do governo cobrar e exigir as obras que o povo estava pagando, o que ele fez? Retirou do novo contrato. A empresa ficou com o dinheiro e não precisou fazer as obras e agora não precisa mais. Mas nós temos o contrato antigo, nós sabemos do compromisso”.
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