Dois dias depois da Fundação de Economia e Estatística (FEE/RS) ter divulgado que o tabaco foi um dos poucos produtos que teve crescimento nas exportações no Rio Grande do Sul, o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, em entrevista à Rádio Gazeta, comemorou a boa fase do setor. “Começamos o ano muito melhor que no ano passado”, afirmou Schünke. O crescimento foi de US$ 19,4 milhões — 44,8% de acréscimo em volume exportado e queda de 18,4% nos preços. 

Para Schünke, o aumento no número de exportações é decorrência de uma queda no ano passado, quando 24% do produto ficou armazenado. “Nos três primeiros meses do ano tivemos exportação em volume maior do que ano passado. Em abril houve uma queda, mas em maio já cresceu de novo”, explicou. O Brasil é o maior exportador de tabaco em folha do mundo desde 1993 e é o segundo maior produtor, sendo que 97% da produção brasileira está localizada na Região Sul. “Mesmo com a crise que estamos vivendo, o país está conseguindo exportar mais que ano passado. Isso nos deixa satisfeitos”, completou. 

O Sinditabaco completa nesta quarta-feira, 24, 68 anos de atuação. Criado em 1947, primeiramente com o nome de Sindifumo, a entidade deixou de funcionar a nível regional, como no momento de sua criação e agora trabalha de fomra interestadual. Presidente do sindicato há nove anos, Iro Schünke aproveitou a data para ressaltar o trabalho realizado pela entidade. “Se a gente falar com a Fiergs, por exemplo, eles consideram nosso sindicato como um dos mais evoluídos do Estado, por trabalhar de forma forte a institucionalidade do setor”, afirmou Schünke. De acordo com ele, o objetivo da entidade é representar e defender os interesses comuns da cadeia produtiva do tabaco como um todo. Diferentemente do que acontecia em décadas passadas, quando uma das funções do sindicato era negociar o preço do tabaco, atualmente a entidade não se envolve nessa questão.