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PANDEMIA

Situação da Covid-19 volta a preocupar na região

Foto: Rafaelly Machado

O recente crescimento no número de novos casos de Covid-19 e o consequente aumento na demanda por leitos de internação nos hospitais voltam a ser motivos de preocupação na região. Integrante do Comitê Técnico Regional da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e uma das referências locais no combate ao coronavírus, o médico infectologista Marcelo Carneiro alerta que o agravamento da pandemia já torna a situação semelhante ao que o antigo sistema de gestão classificaria entre bandeira vermelha e preta.

“O que nós percebemos é que os leitos privados dos hospitais estão lotados; não é só leito SUS ocupado, é leito de convênio. As ocupações de UTIs também estão altas, a ocupação dos respiradores na nossa região chega a 82%. Isso mostra que novamente temos um leve aumento de casos, mas já repercutiu no sistema”, disse Carneiro em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Esse contexto de esgotamento da rede de saúde já demonstra a necessidade de ampliação de vagas, como ocorreu nos meses de março e abril.

Ao comentar sobre o que vem causando esse novo aumento na transmissão do vírus, Carneiro disse que o Rio Grande do Sul passou a viver em 2021 a realidade da pandemia que já era vista em outras partes do Brasil no ano passado. Além disso, o relaxamento das medidas de segurança e a circulação de novas variantes também são fatores a se considerar. “O que eu percebo é que realmente as pessoas cansaram. Percebemos isso nos finais de semana. Ainda vejo muita gente com sintoma respiratório voltando ao trabalho e pensando que é gripe porque agora começou o inverno. Não é gripe, é Covid”, alertou.

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Em relação ao impacto da vacinação na redução de novos casos e novas internações, Carneiro salienta que ele já pode ser visto em idosos e profissionais de saúde, que já estão imunizados com duas doses há um longo período. “Enquanto não alcançarmos a vacinação desse grupo que hoje está internando, não vamos conseguir ter um controle. No momento que evoluirmos para a imunização dessa faixa etária dos 40 e poucos anos, pode ser que diminua ainda mais a internação de pessoas mais jovens. Assim, vamos enxergando coisas que antes não enxergávamos porque a situação era outra”, afirmou o infectologista.

Restrições

Integrante do Comitê Técnico da Amvarp, Marcelo Carneiro relembra que a região recebeu dois avisos e, na última semana, um alerta do governo do Estado para adotar medidas mais rígidas de controle da pandemia. “Se essas ações que foram colocadas da semana passada para cá não surtirem efeito, nas próximas semanas o Estado pode lançar um novo tipo de alerta dizendo que nós teremos que fazer restrições muito mais fortes para conter o avanço da doença”, projeta o médico.

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Novas remessas de vacinas

O Rio Grande do Sul recebeu nessa terça, 8, uma remessa com 146.250 doses da vacina da Pfizer para dar continuidade à campanha de imunização contra a Covid-19. O avião pousou por volta das 15 horas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, de onde a carga foi transportada para a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi). As vacinas serão todas destinadas para primeira dose, conforme o cronograma anunciado pelo governador Eduardo Leite na semana passada, que projeta imunizar toda a população acima de 18 anos até o fim de setembro.

O Ministério da Saúde confirmou ainda o envio de um novo lote da Covishield (AstraZeneca/Fiocruz). As 219,5 mil doses devem chegar nos próximos dias e também serão utilizadas para primeira dose. Na tarde de hoje, uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com representação do Estado e dos municípios, vai decidir o público-alvo desses novos imunizantes. A Secretaria Estadual da Saúde deve esperar a chegada da segunda remessa para realizar a divisão e o envio dos quantitativos às regiões.

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Diante dessa expectativa, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul decidiu aguardar o recebimento das novas doses antes de ampliar novamente a faixa etária. Com isso, nesta quarta-feira pessoas com 55 e 56 anos sem comorbidades seguem como grupo prioritário para a vacinação no município, além dos motoristas que trabalham com transporte de oxigênio para os hospitais do Rio Grande do Sul e os demais grupos que eventualmente ainda não tenham sido imunizados.

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