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No tribunal

Tensão marca debate entre defesa e acusação no julgamento do Caso Francine

Foto: Bruno Pedry

Os debates entre defesa e acusação foram marcados por tensão no júri popular de Jair Menezes Rosa, de 62 anos, que ocorre nesta sexta-feira, 18, no Fórum de Santa Cruz do Sul. Ele é acusado de ter estuprado e matado Francine Rocha Ribeiro, de 24 anos, em 12 de agosto de 2018, no Lago Dourado.

O promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos e o assistente de acusação Roberto Alves de Oliveira, em discursos parecidos, enfatizaram as provas do crime, sobretudo a perícia técnica, que atestou material genético no corpo da vítima. Também, Flávio e Roberto afirmaram que as contradições no depoimento de Jair indicavam que ele estava mentindo. “Ele diz que não praticou, mas sabe exatamente como a Francine foi arrebatada no Lago Dourado. Diz que não foi ele, mas sabe como ela foi amarrada e dá todos os detalhes das lesões. Da mentira do Jair se extrai a verdade”, comentou Flávio.

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“Como ele disse que 14h30 tinha ido embora se 15h06 tem postagem dela na internet e ela nem tinha sido atacada? É muita contradição”, complementou Roberto. O advogado criminalista Mateus Porto, que faz a defesa de Jair, questionou as contradições apontadas pela acusação. “Falaram de horário. Mas quem aqui nessa sala lembra qual horário iniciou e qual terminou o depoimento do delegado Menezes de manhã? O que dirá de mais de quatro anos. Ninguém marca o horário assim.”

Assistente de acusação Roberto Alves de Oliveira | Foto: Bruno Pedry

Porto mostrou um vídeo de Jair aos jurados, em que apresentava um depoimento de uma parente do réu, dizendo que ele não era agressivo com os familiares, como havia sido indicado pela acusação. Também, trouxe um quadro e explicou questões sobre a dúvida razoável. Disse ainda que o Lago Dourado estava cheio no dia e não era possível ninguém ter visto o ataque à Francine. “O réu não tinha histórico nenhum de crime sexual, ao contrário de outro suspeito, que morava na região e que o álibi dele foi uma foto em Torres, que sequer está nos autos do processo, e se não está nos autos, não existe”, salientou o advogado.

Advogado criminalista Mateus Porto | Foto: Bruno Pedry

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O promotor Flávio interrompeu Porto quando este sugeriu que existia a possibilidade de esse suspeito, acusado de estupro anos atrás e morador da região, ter sido o autor. “Conforme o Jair, o homem que matou a Francine tinha cabelo encaracolado. Este suspeito é careca”, disse o autor da denúncia, mostrando uma foto do suspeito. Porto respondeu dizendo que o homem era conhecidos nos meios policiais e podia ter modificado a aparência. Ainda, pediu para a juíza Márcia Inês Doebber Wrasse que não autorizasse mais a interrupção de sua fala por parte do Ministério Público quando fosse falado sobre uma questão interpretativa. O pedido foi aceito pela magistrada. Não foi solicitada réplica por parte da acusação e o resultado deve sair às 19 horas.

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