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Tio Neka detalha momentos na trajetória de Pedro Henrique

Foto: João Cleber Caramez

Bergamotas são levadas pelos tios a Pedro Henrique em Porto Alegre

Com raízes fincadas em Linha Pinheiral, Pedro Henrique Konzen, atacante de 32 anos, realizou o sonho de infância e tornou-se jogador profissional de futebol. Antes de retornar ao Brasil e acertar com o Internacional em abril, outros clubes haviam feito propostas, mas a escolha foi para um lugar em que estaria muito perto de casa, além do amor pelo clube que aprendeu a gostar desde pequeno.

De acordo com o tio Edgar Pedro Konzen, de 50 anos, conhecido como Neka, integrante do departamento agroflorestal da Afubra e responsável pelo setor de animais da Expoagro, não foi surpresa ver Pedro Henrique se adaptar rápido e passar a ser destaque do Inter. “Sou colorado. Vivenciei a era vitoriosa na década de 1970. Não temos nem como mensurar o sentimento de ver o Pedro Henrique jogando no Inter. Mas a família é dividida. Temos muitos gremistas também.”

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O avô de Pedro Henrique, Osvaldo João, falecido em 2018, era gremista. Mas tornou-se um torcedor do neto ao longo dos anos. Apesar de nunca ter ido a um estádio, Osvaldo cultivava o hábito de ouvir os jogos no rádio. “Ele era um pai para o Pedro. Quando ele ficou com a gente, eu era solteiro. Como eu jogava no varzeano, acabei influenciando o Pedro no gosto pelo futebol. Eu tive uma lesão e parei. Depois o Pedro se destacou no amador também. A bola era tudo para ele. Destruía uma por mês”, relata.

Áurea e Edgar junto com a filha Alessandra: bergamotas são símbolo da família Konzen
Foto: João Cléber Caramez

Pedro Henrique sempre mentalizou que iria ser jogador. O início foi no projeto Eu Jogo Junto na Escola Sagrada Família, de Linha Pinheiral, com orientação de Marcos Rivelino da Rosa e Dárley Costa. Mais tarde, na Rogildo Esportes, com Gilberto Coutinho Miranda. Depois foi para a base do Santa Cruz e jogou nos campeonatos amadores da região. “Muitas pessoas nos ajudaram. Ele começou a jogar como zagueiro, fazendo dupla com o Claudinho. Depois tornou-se atacante. O goleiro no time era o Tiago Volpi. Era uma geração muito boa. O Pedro se destacou em uma competição, quando jogaram em Porto Alegre, e chamou a atenção de um empresário”, relembra. No Galo, PH foi treinado por Deive Bandeira. Ambos se reencontraram neste ano, já que Bandeira atua como gerente de Mercado e coordenador de scouts no Internacional.

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Pedro Henrique foi para Cianorte e posteriormente esteve na base do Grêmio por dois anos. Dispensado no Tricolor, assim como outros garotos e o técnico Julinho Camargo, retornou a Santa Cruz do Sul para atuar no Avenida. Com o contrato encerrado no Grêmio, chegou a treinar no Juventude, mas acabou no Caxias, reencontrando o técnico Julinho Camargo, que aproveitou muitos jovens da base gremista. Já com o técnico Lisca, Pedro Henrique se profissionalizou e foi destaque da equipe no Gauchão 2011, quando surgiram propostas de transferência para o futebol europeu.

A tia Áurea Regina Konzen, de 47 anos, técnica de enfermagem aposentada, conta que Pedro Henrique costumava brincar nos pés de bergamota desde a infância, enquanto não estava jogando bola no campinho improvisado do potreiro dos fundos. “Ele comia muita bergamota. Agora levo algumas para ele quando vamos para os jogos.”, afirma. “Não tinha tempo ruim para ele. Sempre chegava da escola, pegava a bola e dizia que precisava treinar”, complementa.

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Já nos primeiros chutes, Pedro Henrique sonhava com a carreira profissional que construiria anos depois. “Ele pegava um microfone velho e simulava entrevistas. Fazia de conta que tinha arquibancada com torcida. Isso que acontece hoje, ele já imaginava. Gostava de ouvir o rádio com o avô. Ele está realizando um sonho e se preparou para isso”, detalha Neka.

Pedro Henrique estudou no Sagrada Família, mas também passou pelo extinto Murilo Braga de Carvalho e na escola Ernesto Alves de Oliveira durante o Ensino Médio. “Quando ele desaparecia na sala de aula é porque estava jogando bola na quadra. Por causa dos treinos, ele estudava no turno inverso. Nós sempre demos apoio para que ele pudesse ir atrás do sonho. Ele sempre foi dedicado e não media forças. Desde pequeno foi enfático que queria ser jogador de futebol.”

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Edgar também é padrinho de Pedro Henrique, que nasceu em Novo Hamburgo. A mãe, Dulce Maria, trabalhava na Região Metropolitana. Ela faleceu quando o garoto tinha apenas seis anos. A avó, Cecília Maria, com 87 anos, vive em uma casa geriátrica. Pedro Henrique é padrinho do pequeno Victor, de dois anos, filho do primo Leonardo ‘Risada’ Konzen, que atuou como goleiro no Santa Cruz e atualmente joga no futebol amador. Casado com a caxiense Rafaela Scain desde 2012, PH é pai de Philipa, nascida na França, de seis anos. Edgar e Áurea são pais de Arthur, de 20 anos, e Alessandra, de 13.

Pedro Henrique com a esposa Rafaela e a filha Philipa
Foto: Arquivo Pessoal

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