O projeto do Geoparque Triássico Vale do Rio Pardo ganhou novo impulso a partir da reunião realizada na última semana com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, no município de São João de Polêsine, território que integra o Geoparque da Quarta Colônia, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O encontro reuniu representantes do Governo do Estado e gestores dos geoparques gaúchos estruturados, entre eles o grupo responsável pela proposta do Vale do Rio Pardo, que conta com a participação do presidente da Associação do Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), Djalmar Ernani Marquardt. O vice-prefeito de Candelária, Cristiano Becker e o responsável técnico pelo projeto, Enoir Greiner, acompanharam a representação da associação.
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A agenda integra os trabalhos do Comitê Gestor dos Geoparques do Rio Grande do Sul e tem como foco a apresentação de projetos estratégicos voltados à infraestrutura e ao fortalecimento do geoturismo no Estado. No caso do Geoparque Triássico do Vale do Rio Pardo, a proposta prevê a valorização de um dos territórios mais expressivos do país em registros do período Triássico, reunindo patrimônio geológico, paleontológico e cultural, além de paisagens naturais associadas a uma rede ativa de museus, universidades e centros de pesquisa.
O projeto envolve municípios Santa Cruz do Sul, Candelária, Novo Cabrais, Venâncio Aires, Rio Pardo, Vera Cruz, Vale do Sol, Passo do Sobrado e Vale Verde, que concentram sítios fossilíferos, paleotocas e acervos científicos de relevância nacional e internacional.
Para o presidente da Aturvarp, o momento é estratégico para transformar o potencial técnico e científico da região em uma política pública estruturada. “O Vale do Rio Pardo reúne atributos únicos que conectam ciência, educação e turismo sustentável. O diálogo com o governo do Estado mostra que há espaço para avançar, mas esse avanço depende de organização regional, planejamento e governança”, afirma Djalmar Ernani Marquardt. Ele destaca que a experiência da Quarta Colônia demonstra que o reconhecimento internacional é resultado de construção coletiva e continuidade administrativa.
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Segundo Marquardt, a constituição de um consórcio público entre os municípios que integram o território do Geoparque Triássico do Vale do Rio Pardo é fundamental para dar escala e sustentabilidade à proposta. “A lógica dos geoparques é cooperativa. Não se trata de um projeto isolado, mas de um pacto regional, em que os municípios compartilham responsabilidades, recursos e visão estratégica.
Esse modelo permite estruturar projetos, acessar políticas públicas e fortalecer o sentimento de pertencimento da comunidade, condição essencial para consolidar o geoparque ao longo do tempo”, complementa. A pauta deve avançar nas próximas reuniões da Aturvarp e em encontros com prefeitos da região, com o objetivo de construir consensos e formalizar os próximos passos do projeto.
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