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CINEMA

Vale do Rio Pardo pode sediar filmagens com a participação do ator Thiago Lacerda

Os atores Tiago Real (esquerda) e Emílio Farias em meio às filmagens de Porongos, longa-metragem que promete trazer à tona um dos atos mais violentos da história gaúcha

Os atores Tiago Real (esquerda) e Emílio Farias em meio às filmagens de Porongos, longa-metragem que promete trazer à tona um dos atos mais violentos da história gaúcha | Foto: Pablo Müller/Divulgação/GS

Em 14 de novembro de 1844, próximo do fim da Revolução Farroupilha, os Lanceiros Negros – grupo formado por 500 soldados escravos ou libertos que se juntaram ao movimento com a promessa de liberdade – foram surpreendidos e mortos pelo exército imperial no Cerro de Porongos, atual município de Pinheiro Machado. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Porongos, que contribuiu para os acordos de paz entre os farroupilhas e o Império, concretizado na assinatura do Tratado de Poncho Verde, em 1845.

Passados quase 181 anos, os cineastas Diego Müller e Pablo Müller, responsáveis por InfiniMundo, levam um dos atos mais violentos da guerra farroupilha para as telas do cinema no longa-metragem Porongos. Escrito por Diego, o roteiro revisita os fatos históricos a partir de uma abordagem ficcional para expor o emblemático episódio da história do Rio Grande do Sul. 

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As paisagens de Minas do Camaquã, município localizado a cerca de 230 quilômetros de Santa Cruz do Sul, foram os cenários da primeira etapa das filmagens, realizada de 11 de agosto a 13 de setembro. Lá esteve um elenco renomado, que tem como protagonistas Emílio Farias, no papel de Adão Caetano, Samira Carvalho, que vive Mahín, e Thiago Lacerda como Bento Gonçalves. Há ainda Rafa Sieg, Adriano Baségio, Kaya Rodrigues, Fred Vittola, Nicolas Vargas e a cantora Loma Berenice Gomes Pereira em sua estreia nas telas.

Para a próxima etapa das gravações, a produção precisa captar R$ 1,5 milhão para concluir as filmagens de sete cenas, incluindo a Batalha do Fanfa (um dos primeiros conflitos da Revolução Farroupilha) e o Massacre de Porongos, que serão filmados em diferentes locações. Conforme o produtor Pablo Müller, a opção foi por não filmar as cenas mais grandiosas e complexas na fase inicial diante das dificuldades financeiras e até climáticas, uma vez que a obra tem poucas cenas em estúdio. 

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“Não havia margem de erro para levantar toda a logística de filmagem, chegar o dia das gravações e não conseguir por causa do tempo. Então resolvemos garantir o que tínhamos controle, em um primeiro tempo, e separamos para filmar as demais mais para frente, com um orçamento maior”, explicou. 

Nesta semana, a equipe está editando o material filmado para apresentar a futuros investidores. Além da captação de recursos via editais, os cineastas estão em busca de empresas que tenham interesse em contribuir com a produção e convidam empresários de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo a participar. “Vou colocar esse material embaixo do braço e sair atrás do dinheiro para completar o filme ainda este ano”, afirmou Diego Müller.

Região pode ser cenário de novas filmagens

Em entrevista à Gazeta do Sul, o diretor Diego Müller e o produtor Pablo Müller falaram sobre a possibilidade de o Vale do Rio Pardo se tornar o cenário da próxima etapa de Porongos. Para isso, é necessário que a região mobilize-se para receber a produção.

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Em 2023, áreas do interior de Santa Cruz e Sinimbu foram utilizadas pelos cineastas nas filmagens de InfiniMundo, longa-metragem vencedor do Kikito de Júri Popular no 52º Festival de Cinema de Gramado. 
Nos últimos anos, Santa Cruz tem se destacado no setor devido à atuação da Film Commission e do Polo Audiovisual locais, que trouxeram R$ 10 milhões à região. Em 2024, no Festival de Gramado, Santa Cruz foi eleita a melhor cidade para filmagens no Rio Grande do Sul.

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Diego recordou que, anteriormente, a equipe da Film Commission procurou a equipe para que as filmagens de Porongos fossem realizadas na região. No entanto, Minas do Camaquã e Bagé foram escolhidos devido à presença do Pampa como cenário.

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Foto: Thiago Olivar/Divulgação

Já para a segunda etapa, o diretor afirmou que não descarta nenhuma locação. Uma vez que há cenas para serem gravadas na beira do rio, mencionou Rio Pardo como um possível cenário. Segundo Diego, dependerá da mobilização da região e de uma pesquisa de locações – para o diretor, há potencial para isso. “Não descartamos a possibilidade. Porque agora são cenas muito específicas. E talvez vocês nos vejam eventualmente em Santa Cruz”, afirmou.

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Pablo ressaltou que as cenas que envolviam o Pampa como cenário, evidenciando a serra e as montanhas, já estão concluídas. Assim, a próxima locação pode ser feita em qualquer lugar. “Nós ambientamos algumas cenas onde o espectador se imagina na história, no Pampa, e depois algumas mais fechadas. Não temos necessidade, nessa próxima etapa, de voltar à região de Bagé. Podemos filmar em qualquer que tenha um descampado.”

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Os cineastas recordam da experiência de filmar InfiniMundo na região e de como a produção cinematográfica impactou a economia local. A equipe, formada por mais de cem pessoas, movimentou a rede hoteleira, restaurantes, bares e outros setores.

Conforme Diego, Santa Cruz destaca-se pela proximidade com Porto Alegre, além do trabalho feito pela Film Commission, já estruturado e consolidado, contribuindo para o fomento de produções audiovisuais. 

Série

A partir deste fim de semana, dias 27 e 28, a Gazeta do Sul inicia uma série de reportagens sobre Porongos. Nas últimas semanas, a equipe de produção e o elenco concederam entrevistas exclusivas sobre as filmagens e a importância de revisitar o fato histórico. Acompanhe no caderno Magazine.

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