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DADOS DO IBGE

Vale do Rio Pardo tem 4,9 mil pessoas com autismo; mais de metade não completou o Ensino Fundamental

Foto: Roberto Suguino/Agência Senado

4.906 moradores do Vale do Rio Pardo possuem o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 23, alusivos ao Censo Demográfico de 2022. O número corresponde a 1,08% da população da região – média que fica abaixo da nacional (1,18%) e estadual (1,14%).

Entre os 28 municípios analisados, Rio Pardo foi o que apresentou maior incidência de pessoas com autismo, com 567 diagnósticos entre os 34.654 habitantes – um total de 1,64%. Atrás, vêm Candelária, com 1,52%; Sobradinho, com 1,46%; e Pantano Grande, com 1,44%. Em Santa Cruz do Sul, são 1.372 pessoas que apresentam o transtorno, totalizando 1,03%.

O menor número absoluto ocorre em Estrela Velha, com apenas 12 autistas entre seus 3.070 habitantes, o equivalente a 0,39% da população. Proporcionalmente, a menor incidência é em Vale do Sol, com 0,22% – 22 diagnósticos entre 9.897 moradores.

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Chama a atenção que a maioria dos diagnósticos ocorre em homens: no Vale do Rio Pardo, equivalem a 62,1% dos casos. No município de Gramado Xavier, onde há 19 pessoas com autismo, todas são do sexo masculino. Na região, somente em Estrela Velha (58,33%), Boqueirão do Leão (56,9%), Pantano Grande (51,7%) e Herveiras (51,61%) as mulheres são maioria.

Por município

Quase um terço tem menos de 15 anos

Os dados divulgados pelo Censo do IBGE revelam que o Vale do Rio Pardo segue uma tendência nacional em relação ao perfil da população diagnosticada com TEA: a maioria é composta por crianças e adolescentes. A faixa etária de 0 a 14 anos corresponde a 36,12% dos autistas do Brasil. Número parecido também aparece na realidade do Rio Grande do Sul, com 34,07% das pessoas no espectro sendo menores de 15 anos.

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Na região, o índice fica um pouco abaixo do registrado a nível nacional e estadual, mas também mostra que a maioria das pessoas que apresentam o transtorno está nessa faixa etária: 30,23% dos diagnosticados. Os jovens de 15 a 29 anos correspondem a 22,32%. Já a idade que concentra o menor número é a de pessoas entre 45 e 59 anos, com apenas 676 indivíduos na região, ou 13,78%.

Por idade no Vale do Rio Pardo

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Mais de metade não completou o Ensino Fundamental

Um desafio que também pode ser percebido por meio dos dados do IBGE sobre a população diagnosticada com o transtorno é o acesso dessa parcela à educação. No Vale do Rio Pardo, as estatísticas são preocupantes: entre os autistas de 25 anos de idade ou mais, 55,61% não completaram o Ensino Fundamental ou sequer possuem instrução formal. O número é consideravelmente maior do que a proporção que não possui o primeiro grau completo entre o total da população da mesma idade, que é de 45,13%.

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Em nove municípios da região, essa é a realidade de todas as pessoas diagnosticadas com TEA que possuem mais de 25 anos. São eles: Estrela Velha, Herveiras, Ibarama, Lagoão, Passa Sete, Salto do Jacuí, Tunas, Vale do Sol e Vale Verde. Por outro lado, o menor índice de autistas sem Ensino Fundamental completo está em Sobradinho (38,46%) e Gramado Xavier (41,67%).

Na outra ponta, chama a atenção que, em Santa Cruz do Sul, há um número alto de pessoas com autismo que completaram o Ensino Superior: 28,28% dos diagnosticados acima de 25 anos, enquanto na população em geral essa estatística fica em 23,89%. A média está acima da nacional, que é de 15,69%; e da estadual, de 15,59%. Na região, o índice de graduados é semelhante entre os autistas (14,37%) e o total dos habitantes (14,65%).

Nível de instrução por município

Na região

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