Ocorreu nessa quarta-feira, 1º, no Salão Nobre do Palacinho, o lançamento do programa socioambiental da Japan Tobacco International (JTI) em parceria com a Poiato Recicla e a Prefeitura para promover o descarte adequado das bitucas de cigarro e a reciclagem do material. O projeto-piloto terá início em Santa Cruz do Sul. Na ocasião, a prefeita Helena Hermany assinou o termo de permissão de uso do espaço público para a instalação de caixas coletoras de bitucas de cigarro. Após a assinatura, o primeiro coletor foi instalado na Praça da Bandeira.

Ao todo, serão sete: dois na Praça Getúlio Vargas, um na Avenida do Imigrante, um no Lago Dourado e três na Praça da Bandeira. A ação integrou a Semana Municipal do Meio Ambiente, que vai até o próximo domingo, 5, e tem o objetivo de fortalecer iniciativas de sustentabilidade e de conscientização ambiental.

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O programa se baseia no conceito de economia circular por meio do equilíbrio entre três pilares: econômico, social e ambiental. Conforme Marcos Robles Poiato, diretor comercial da Poiato Recicla, a bituca de cigarro é o resíduo mais encontrado nas ruas, calçadas, oceanos e praias em todo o mundo. A empresa é a primeira usina de reciclagem desse tipo de rejeito no Brasil. Com dez anos de experiência, atua em todo o território nacional atendendo os setores público e privado. Está em 82 cidades e 17 estados. Mais de 100 milhões de bitucas de cigarro já foram coletadas e recicladas pela Poiato.

Durante palestra após a solenidade de lançamento do programa, Marcos Poiato apresentou o trabalho realizado pela empresa, que vai desde a disponibilização de caixas para a coleta de resíduos até o transporte, reciclagem e destinação final. “Nem todo lixo é lixo. Saúde, educação e lixo são os três grandes gastos para as cidades. Estamos na capital do tabaco. É uma iniciativa fantástica e de muita sensibilidade. Uma solução inovadora. Nossa operação é 100% sustentável e nacional”, ressaltou. A tecnologia usada pela Poiato, inovadora e patenteada, é a única em operação no mundo, tendo sido desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB).

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O funcionamento

Além de disponibilizar as caixas coletoras e também a limpeza e higienização, a Poiato Recicla vai realizar as coletas no município e encaminhar os resíduos à usina de reciclagem própria, localizada em Votorantim, em São Paulo. As bitucas reaproveitadas retornam como massa celulósica (papel artesanal reciclado) para que sejam transformadas em novos produtos e gerem renda a partir de parcerias.

Para Gabriel Quiliconi, gerente sênior de Assuntos Corporativos da JTI, o projeto é uma iniciativa que torna possível lidar com o resíduo pós-consumo dos produtos fabricados pela fumageira. “A JTI tem no seu DNA uma preocupação constante com a sustentabilidade da operação, com uma série de investimentos na eficiência e melhora da cadeia produtiva. Pela primeira vez, vamos conseguir lidar com esse resíduo sólido que, a princípio, não tinha destinação, somente para o aterro sanitário. Além do descarte correto, queremos transformar esse resíduo em algo monetizável que vai gerar renda e emprego para além da nossa cadeia produtiva. Vai trazer somente benefícios à sociedade e aos consumidores. Elegemos o município por ser a nossa casa no Estado, nada mais justo do que começar por aqui”, frisou.

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De acordo o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger, a Prefeitura deverá realizar um trabalho de educação ambiental para que a população use o equipamento de coleta de bitucas de forma adequada. “Essa iniciativa tem um importante papel não somente do ponto de vista ambiental, mas socioeconômico, uma vez que esse material acaba voltando como matéria-prima para a elaboração de vários outros materiais.”

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