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RELÍQUIAS DO RIO GRANDE

VÍDEO: histórias e lembranças das quatro estações de Rio Pardo

Foto: Marília Nascimento

Estação Central, no Bairro Higino Leitão, deixou de receber passageiros em 1996, quando linhas foram desativadas

Falar dos trens em Rio Pardo é mexer com as lembranças de uma época em que a linha férrea era o que havia de mais moderno. A Tranqueira Invicta chegou a ter quatro estações de trem operando. Ainda no século 19, em 1883, surgiram as duas primeiras – a Estação Central, no Bairro Higino Leitão, e a Estação do Couto, que anos mais tarde, em 1939, foi rebatizada e passou a se chamar Estação Ramiz. O nome foi uma homenagem a Benjamim Franklin de Ramiz Galvão, o Barão de Ramiz Galvão.

O diretor de Turismo, Flávio Wunderlich, conta que os trens chegaram para facilitar os deslocamentos, tanto de passageiros quanto de carga. Até então, eram meios fluviais que os levavam. Com a evolução e o crescimento das vilas, pequenas trilhas foram criadas, como se fossem o embrião da linha férrea. Rio Pardo operava com dois ramais. Um mais longo, que ligava Porto Alegre a Santa Maria, e a parada acontecia na cidade, e outro mais curto, de Rio Pardo a Santa Cruz.

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As estações Central e de Ramiz têm construções e estruturas diferentes. A Central, imponente, com três andares, tinha espaço de residência e abrigava o responsável pelo local. Já em Ramiz eram mais transportes de carga e o prédio é em um andar só, bem semelhante a muitos outros municípios gaúchos.

O secretário de Turismo, Cultura, Juventude, Esporte e Lazer, Tiago Melo, relembra que as estações já foram a porta de entrada de pessoas importantes em Rio Pardo. Além de terem movimentado regiões inteiras, como o caso dos distritos de Pederneiras e Bexiga, que têm prédios mais modernos em comparação aos primeiros. No Bexiga, por exemplo, era produzido arroz, levado diretamente do engenho para o trem, sem nenhum deslocamento a mais.

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Prédio da Estação de Pederneiras tinha ares mais modernos na comparação com as estruturas antigas

Memórias afetivas

Para a historiadora Dariane Labres, falar dos trens é mexer com memórias afetivas da infância. Ela, quando criança, viajava de Porto Alegre a Rio Pardo para passar as férias na casa da avó. Gustavo Kunsler, professor de História e morador de Ramiz Galvão, também tem lembranças dos trens. Ele não chegou a ver, mas ouviu relatos de familiares, já que é neto e bisneto de ferroviários. “Eles contavam do trem Húngaro, que era o mais sofisticado e impressionante de ver.”

Kunsler ressalta a importância do pertencimento histórico que o Bairro Ramiz Galvão tem com a estação férrea. O local foi criado e cresceu com os ferroviários que ali moravam. O transporte de passageiros foi encerrado em 1996. Com a expansão das rodovias, os ramais foram desativados. Em pesquisas que fez, Gustavo descobriu que ainda nos anos 50 e 60 o fim do ramal de Ramiz, entre Rio Pardo e Santa Cruz, já era discutido na Assembleia.

O diretor de Turismo explica que aos poucos outros meios de transporte, mais rápidos e com mais horários disponíveis, foram se sobressaindo. “Existia uma jardineira, que era um ônibus mais comprido, fazia o trecho entre os municípios.”

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Implantada como Estação do Couto ainda no século 19, lugar foi rebatizado como Estação Ramiz em 1939

Incêndio

No dia 8 de abril de 2020, o prédio principal da Estação Central foi atingido por um incêndio. Atualmente o Município busca formas de reaver a concessão da estrutura, que assim como as outras, pertence à União. Segundo Tiago Melo, o objetivo é restaurar para que ele sirva à comunidade.

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