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Saúde ocular

Visitas regulares ao oftalmologista colaboram para a prevenção de doenças

Para quem usa óculos, ou tem mais de 50 anos, as revisões periódicas são fundamentais

Durante o mês de outubro se comemora o Dia Mundial da Visão, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar a atenção às ameaças ao olhos. Segundo os dados mais recentes do órgão, existem 285 milhões de pessoas com deficiência visual no mundo, das quais 39 milhões são cegas. O diagnóstico precoce é uma das formas de evitar as doenças que podem prejudicar a saúde da visão.

De acordo com o oftalmologista Yuri Petermann Jung, 80% de todos os casos de deficiência visual são previsíveis ou curáveis. Entre as causas curáveis estão os erros refrativos: necessidade de uso de óculos, catarata e opacidades de córnea. Já as principais causas de cegueira irreversível são o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética. “Se for diagnosticada precocemente, a perda de visão pode ser minimizada ou até evitada caso seja realizado o tratamento adequado”, alerta.

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A frequência das consultas depende do histórico e estado de saúde de cada pessoa, além da indicação do oftalmologista. “Para quem não tem doença sistêmica nem possui histórico próprio ou familiar de doenças oculares, o ideal é visitar o oftalmologista uma vez ao ano”, indica Jung. As revisões regulares são mais importantes após os 50 anos, já que, com a idade, a probabilidade de desenvolvimento de doenças oftalmológicas aumenta progressivamente. Para quem já usa óculos, a recomendação é a mesma, desde que não exista outra doença ocular associada. No caso de quem utiliza lentes de contato, as visitas regulares são ainda mais importantes, pois podem surgir problemas decorrentes do uso em longo prazo, principalmente se os cuidados não forem seguidos.

No caso das crianças, o médico alerta que é preciso ter uma atenção especial, uma vez que elas não relatam qualquer tipo de sintoma visual, principalmente quando ainda são menores. E mesmo com crianças pequenas, o exame oftalmológico fornece muitas informações. “Em crianças que ainda não falam, é possível obter uma medida objetiva de um possível grau de óculos e realizar um exame completo para descartar qualquer doença. Existem doenças como o estrabismo e a ambliopia, que se não diagnosticadas e tratadas na infância, podem gerar deficiência visual irreversível”, disse Yuri.

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Nas crianças, é realizado o teste do reflexo vermelho, conhecido como teste do olhinho, ao nascer. Caso surja alguma dúvida, o oftalmologista pode realizar uma avaliação. Depois disso, novas consultas devem seguir uma frequência semestral até os 2 anos, e a partir dessa idade, seguem consultas anuais.

Yuri Jung: 80% dos casos são previsíveis

Glaucoma e catarata exigem atenção especial

Entre os problemas que podem causar a cegueira, o glaucoma é um dos que mais exigem cuidado. Conforme Yuri Petermann Jung, a doença não costuma causar nenhum tipo de sintoma nas fases iniciais. “Quando o paciente apresenta sintomas, normalmente a doença já está em uma fase avançada e os danos são irreversíveis. Daí a importância da medida anual da pressão intraocular após os 40 anos de idade, que deve iniciar antes em pessoas com histórico familiar da doença”, recomenda o médico.

A prevenção também é muito importante quando se trata de outras doenças, como a retinopatia diabética (RD). Os diabéticos devem realizar exame de fundo de olho anualmente, devendo ser mais frequente se apresentar algum sinal da doença, segundo a recomendação do oftalmologista. A RD afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro.

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Outro problema que exige atenção é a catarata, causada pela opacificação do cristalino, a “lente” natural do olho que tem a capacidade de modificar o foco das imagens. De acordo com o médico, o primeiro sinal de perda da função do cristalino se dá após os 40 anos, quando se inicia a prebiopia – dificuldade de ver para perto –, com necessidade de uso de óculos. A catarata se desenvolve principalmente pela idade, mas entre as causas estão diabetes, trauma e uso de medicações, como corticoides. Além da visão nebulosa, a catarata pode provocar sintomas como brilhos e halos, visão dupla e sensibilidade à luz.

O oftamologista explica que a ocorrência da doença com a idade é natural, mas existem medidas de prevenção. É indicado reduzir a exposição solar, utilizar óculos com filtro de proteção ultravioleta e não usar colírios sem orientação médica, além de manter hábitos de alimentação saudáveis. O diagnóstico ocorre na consulta oftalmológica, pelo uso de um microscópio chamado lâmpada de fenda, pelo meio do qual é possível fazer a inspeção do cristalino.

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O tratamento consiste em cirurgia, na qual o cristalino é removido e, no lugar, implanta-se uma lente intraocular que o substitui na função. “É uma cirurgia delicada, mas rápida e segura. A recuperação costuma ser rápida, e o procedimento tem baixo índice de complicações. O procedimento, a avaliação pré-operatória e as opções de lentes intraoculares evoluíram muito nos últimos anos”, explica. O médico menciona ainda que a cirurgia também oportuniza maior independência de óculos.

Uso de telas

Jung orienta ainda quanto ao uso de telas e os riscos que elas podem representar. “O excesso de atividades visuais para perto, o que inclui leitura e uso de telas, tanto de celular quanto computador, está comprovadamente associado a maior risco de surgimento de miopia e maior progressão da miopia em quem já apresenta”, explica. Isso acontece principalmente na infância. Também há comprovação de que atividades ao ar livre estão associadas a menor risco de surgimento ou progressão do problema.

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Conforme o profissional, o uso excessivo de telas pode desencadear outros sintomas, como olho seco, dor de cabeça, sensibilidade à luz e fadiga ocular. A recomendação para amenizar esses sintomas é descansar cerca de dez minutos a cada hora de atividade. “Nesse intervalo pode-se realizar outra atividade, como caminhar, ir ao banheiro, tomar um café ou contemplar o horizonte em um ambiente claro. Outros cuidados são posicionar a tela na altura dos olhos, e ficar a no mínimo 30 centímetros de distância da tela, sendo o ideal 50 centímetros”. Em casos específicos, o oftalmologista pode indicar o uso de colírios para ajudar na lubrificação.

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