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Educação

Vozes da Cidadania chega ao fim com entrega de certificados

Vozes da Cidadania contou com formatura | Foto: Clarissa Gomes

O projeto Vozes da Cidadania chegou ao fim nesta segunda-feira, 16, com a entrega de certificados aos estudantes participantes. O evento foi realizado no Pavilhão Central do Parque da Oktoberfest e contou com um show da banda Ramal 314. A iniciativa foi desenvolvida pelo Instituto PalavrAções em parceria com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul. O recurso foi obtido por meio de emenda parlamentar da deputada federal Maria do Rosário (PT), com intermediação do vereador Alberto Heck (PT).

Coordenador-geral do projeto, o professor Caco Baptista enfatizou a importância da educomunicação. Segundo ele, existe no Brasil de forma restrita desde a década de 1990. Em Santa Cruz do Sul, o projeto é pioneiro na área. Baptista informou que a ação envolveu 190 alunos e 21 professores de nove escolas municipais. “A educomunicação é a base teórica do projeto. É importante para a sociedade e optamos por colocar no horário nobre da sala de aula. Foram 12 oficinas diversificadas”, explicou.

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Além das aulas mais atraentes, como noções para edição de vídeos e produção de podcasts, os alunos tiveram contato com temas densos como cidadania, direitos humanos e a indústria das fake news. “Nos surpreendemos com a pesquisa que fizemos com eles. Gostaram das aulas que envolviam tecnologia, mas consideraram importante o referencial teórico dos assuntos inseridos nas oficinas”, salientou Baptista.

Os alunos também destacaram alguns pontos altos, que foram as oficinas de grafite, as oficinas de fotografia e as visitas guiadas à Gazeta Grupo de Comunicação. Baptista acredita que estar em uma empresa de comunicação completa foi uma oportunidade para que os alunos pudessem visualizar diversas mídias. “Estiveram na rádio e falaram no programa que o pai e a mãe escutam. Foi muito importante. Ficaram impressionados com a estrutura da rotativa para rodar o jornal no parque gráfico. É diferente para eles. Foi uma grande parceria que tivemos no projeto”, destacou.

Os professores elogiaram as noções de comunicação previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Muitos professores não têm formação para as habilidades da comunicação social exigidas no currículo”, confidenciou Baptista. Dessa forma, o professor de sociologia, antropologia e bioética aponta que o projeto cumpriu um papel educacional fundamental. Um dos produtos foi o jornal impresso de 16 páginas e tiragem de 6 mil exemplares, produzido coletivamente pelos estudantes sob supervisão dos professores e distribuído no evento de encerramento.

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Brilho no olho

Baptista cita o brilho nos olhos dos jovens como recompensa. Um desses momentos foi quando as fotos que eles fizeram nas oficinas foram ampliadas no tamanho 30×40. As experiências de cada um no projeto ficaram guardadas para sempre na memória. Os podcasts foram produzidos de acordo com os conteúdos das aulas. Debateram os assuntos trazidos pelo professor da disciplina e ainda entrevistaram outros professores. Passaram a ouvir rádio com mais frequência e de outra forma.

O projeto envolveu as escolas municipais Dona Leopoldina, Félix Hoppe, Guilherme Hildebrand, Guilherme Simonis, Harmonia (com duas turmas), José Ferrugem, Leonel de Moura Brizola, Luís Schroeder e Menino Deus. O projeto também mantém um perfil no Instagram (@vozesdacidadania), onde os resultados são compartilhados com a comunidade e apoiadores podem entrar em contato. O projeto ainda contou com a participação dos professores Elbe Belardinelli, Neri da Costa, César Góes e Veridiana Mello. O coordenador financeiro foi Gilnei Pereira dos Santos. Para 2025, o objetivo é manter o projeto, por meio de uma nova emenda. Há um encaminhamento da demanda, mas ainda sem garantias.

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Protagonistas da iniciativa

Os alunos do 8º e 9º ano das escolas participantes foram os grandes protagonistas da iniciativa. Desde agosto, tiveram uma imersão em oficinas de cidadania, direitos humanos, produção de notícias, redes sociais, fotografia, podcast, vídeo e fake news, além de hip-hop no espaço Coworking Cultural.

Nathaly da Fonseca Athaide, de 14 anos, no 9º ano da escola Félix Hoppe, mostrou entusiasmo por ter participado da ação. “Foi diferente e inovadora. Passamos a conhecer esse mundo da comunicação. Pude entrevistar pessoas, conhecer como funciona a Gazeta. Trabalhamos em equipe e de forma divertida. Penso em ser advogada criminalista e o projeto me agregou várias coisas para a minha vida”, comentou.

Mirian Gabriela dos Santos de Oliveira, de 16 anos, no 9º ano da escola José Ferrugem, elencou as oficinas de fotografia, grafite e direitos humanos como as preferidas. “Gostei muito de ter participado. Penso em ser professora e vou levar os ensinamentos dos professores do projeto comigo. Adorei ter ido na Gazeta. Foi muito diferente, uma oportunidade única”, detalhou.

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