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Economia

A influência do comportamento no planejamento financeiro 2

O Planejamento Financeiro é a forma como cada pessoa e/ou família administram suas receitas. Está relacionado aos objetivos de vida de cada um e/ou do grupo familiar. Um Planejamento Financeiro precisa trazer resultados, permitindo  realizar sonhos materiais (compra de algum bem) ou imateriais (uma viagem). A base para melhor fazer isso, respeitando as características da personalidade financeira de cada participante, é a Educação Financeira.  

Nas finanças, um dos princípios básicos  é que não se deve gastar mais do que se ganha. Aliás, o ideal é gastar menos. Todos sabemos isso, às vezes repassado de uma forma até empírica de pai para filho. Por quê , então, que a maioria das pessoas ignora,  não consegue ou não quer observar esse princípio?

A verdade é que uma vida financeira de sucesso depende mais do comportamento e do autocontrole da pessoa do que dos conhecimentos técnicos que ele possa ter sobre finanças pessoais. Muitas vezes, a pessoa preparou e segue um orçamento financeiro, muito bem elaborado e ajustado às suas necessidades e objetivos. Entretanto, basta surgir a  oportunidade de  realizar  a compra de um bem qualquer, desejado  há muito tempo, cujo valor, entretanto, não estava apartado  nos sonhos previstos no orçamento,  para que todo aquele planejamento financeiro vá por água abaixo. Quem nunca comprou alguma coisa sem necessidade e depois, quando chegou a fatura do cartão, se arrependeu? 

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Uma das causas principais para essa quebra de planejamentos financeiros é que o ser humano tem dificuldades em se imaginar no futuro. Certamente, é algo que está em nosso  DNA, desde nossos ancestrais, que viviam um dia de cada vez. A caça, por exemplo, principalmente nos dias mais quentes, teria que ser consumida rapidamente para não se deteriorar. A expectativa  de vida dos humanos  era baixíssima,  além de estarem, permanentemente,  à mercê de animais predadores e inimigos, não existindo uma visão de futuro  de maior horizonte. Esta mesma disposição ancestral é replicada ainda hoje, sob outras formas, é claro, pelas pessoas que  buscam o prazer imediato. Estudos das ciências comportamentais, que juntam conhecimentos da psicologia, das finanças e da economia, seguem por essa linha de raciocínio.

O primeiro passo, então, para desenvolver o hábito de controlar o orçamento é ter consciência dessas características próprias do ser humano. Depois, aprender conhecimentos relacionados com as finanças pessoais e que são divididos em dois grupos principais: 1º) conhecimento financeiro:  saber o que é uma dívida, a poupança, investimentos e consumo consciente; utilizar algumas ferramentas básicas para anotar, em cadernetas ou aplicativos eletrônicos, os desembolsos efetuados;  conhecer produtos financeiros; inteirar-se da tributação prevista em cada produto financeiro;2º) comportamento – é o conhecimento mais  difícil de ser identificado e aprendido porque mexe com sentimentos e emoções: fazer escolhas que cabem no orçamento; ter paciência e disciplina; pagar a si mesmo antes de qualquer outra conta; estar sempre ligado para identificar as inúmeras situações do dia a dia que permitem desenvolver e treinar o autocontrole; assumir os próprios atos e escolhas financeiras.

Nas finanças pessoais, uma das primeiras questões é conhecer a Personalidade Financeira de cada pessoa. Trata-se de um conjunto de comportamentos que a pessoa vai acumulando, ao longo da vida, e que determinam a forma de lidar com o dinheiro e os valores inerentes. O Business Insider  dividiu as Personalidades Financeiras em quatro categorias  mais marcantes:

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1) o acumulador: guarda tudo; deve inteirar-se dos prazos de guarda de cada documento, e lembrar-se da regra 80/20 (80% dos papéis que guardamos, nunca iremos precisar);

2) o procrastinador: sempre tem um motivo para adiar a tarefa;  precisa reformular o modo como encara as atividades financeiras e se auto recompensar quando completar um planejamento financeiro;

3) o perfeccionista: quer fazer tudo certo; deve ater-se ao  simples e fazer aquilo que precisa ser feito logo;

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4) o fugitivo: evita as questões financeiras; precisa  descobrir a origem da aversão para tratar das questões financeiras.

Hoje, fala-se muito em Educação Financeira. Mas, geralmente ela é vista ou abordada apenas como uma forma de preencher planilhas, elaborar um orçamento, aprender a cortar gastos, poupar e investir. Só que a Educação Financeira vai além: ela pretende dar à pessoa uma melhor qualidade de vida, hoje e no futuro, proporcionando-lhe a segurança material necessária para bem viver e, ao mesmo tempo, ter reservas para eventuais imprevistos. É a conquista dos sonhos com muito equilíbrio na vida financeira.

 

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